Nova técnica desenvolvida no Hospital Infantil da Filadélfia e na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos traz esperança aos portadores de leucemia. Quase 90% dos pacientes, adultos e crianças, que foram submetidas ao tratamento experimental não apresentaram mais os sintomas do câncer.
A terapia celular personalizada foi testada em pacientes que não responderam ao tratamento convencional e nem ao transplante de medula óssea, e consiste na reprogramação do sistema imunológico dos pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA).
Nos testes, as células T (que atacam a leucemia) foram configuradas com técnicas de bioengenharia, e 24 dos 27 pacientes (89%) apresentaram respostas completas no prazo de 28 dias após o tratamento.
Para os pesquisadores, os resultados servem como um marco importante para demonstrar o potencial da técnica em pacientes sem outras opções terapêuticas, incluindo aqueles que apresentam recaída após o transplante de medula.
Todos os pacientes envolvidos no estudo apresentavam LLA de alto risco, que havia retornado após o tratamento inicial ou que resistiu ao tratamento desde o início. Eles receberam células T chamadas células CTL019, que foram adaptadas por bioengenharia para se tornar o que os cientistas chamam de "células caçadoras".
Durante o acompanhamento, foram relatadas seis recaídas entre os 24 pacientes que tiveram respostas completas no início do tratamento com as células CTL019. No final, 18 dos 24 pacientes tiveram respostas completas em um seguimento médio de 2,6 meses após o tratamento.
Os pesquisadores continuam acompanhando os pacientes para avaliar a eficácia da técnica a longo prazo.
Fonte: Diário da Saúde