Uso de Toxina Botulínica (Botox®) para o tratamento da Hiperatividade Detrusora ou Urge-Incontinência Urinária
Introdução
A toxina botulínica é uma substância neuro-tóxica produzida pela bactéria “clostridium botulinum”, que age inibindo a liberação de acetil-colina na junção pré-sináptica, evitando assim a neuro-transmissão nervosa; bloqueando consequentemente a contração daquele músculo.
A utilização da toxina botulínica vem sendo aplicada no trato urinário há algum tempo com excelente sucesso, mas só recentemente ganhou ampla aceitação e estudos, que confirmaram largamente as primeiras impressões.
Inicialmente utilizada exclusivamente em casos de bexiga neurogênica decorrente de paraplegia, logo se verificou que os resultados poderiam ser facilmente transferidos para casos de bexiga hiperativa, resistentes ao tratamento medicamentoso, ou para pacientes, que desejassem um tratamento definitivo e com resultados robustamente mais sustentados.
A utilização da toxina botulínica vem sendo aplicada no trato urinário há algum tempo com excelente sucesso, mas só recentemente ganhou ampla aceitação e estudos, que confirmaram largamente as primeiras impressões.
Inicialmente utilizada exclusivamente em casos de bexiga neurogênica decorrente de paraplegia, logo se verificou que os resultados poderiam ser facilmente transferidos para casos de bexiga hiperativa, resistentes ao tratamento medicamentoso, ou para pacientes, que desejassem um tratamento definitivo e com resultados robustamente mais sustentados.
As Vesículas sináticas são bloqueadas pela ação do Botox®
Utilização na Bexiga
A capacidade da toxina botulínica alterar o funcionamento das terminações nervosas musculares encontrou ampla utilização para casos de bexiga hiperativa, cistite intersticial, cistite actínica ou química, assim como em casos de disfunções miccionais diversas.
Como sua ação pode ser controlada, a injeção localizada e seletiva produz bloqueio muscular específico e desejado, sem afetar outros órgãos, ou mesmo músculo vizinhos.Ademais, como o bloqueio não é apenas dos músculos, mas também das vias sensitivas, sua utilização pode inclusive ser aplicada em casos de bexiga dolorosa e espástica.
A capacidade da toxina botulínica alterar o funcionamento das terminações nervosas musculares encontrou ampla utilização para casos de bexiga hiperativa, cistite intersticial, cistite actínica ou química, assim como em casos de disfunções miccionais diversas.
Como sua ação pode ser controlada, a injeção localizada e seletiva produz bloqueio muscular específico e desejado, sem afetar outros órgãos, ou mesmo músculo vizinhos.Ademais, como o bloqueio não é apenas dos músculos, mas também das vias sensitivas, sua utilização pode inclusive ser aplicada em casos de bexiga dolorosa e espástica.
O efeito imediato é o aumento da capacidade de armazenamento urinário da bexiga, melhor controle voluntário, e por conseqüência diminuição dos episódios de perdas urinárias ou urge-incontinência. Adicionalmente, pacientes com “cistite intersticial” ou síndrome da bexiga dolorosa, experimentam alívio da dor e do número de vezes que necessitam ir ao banheiro. A impressionante melhora e satisfação clínica já foram relatados em estudos placebo-controlados, o que dá nível de evidência de eficácia muito consistentes.
Modo de Aplicação
A aplicação da toxina tem papel importante na colheita de resultados clínicos, uma vez que se verificou alguma variação nos índices de sucesso relatados pelos diferentes autores médicos. Assim, parece que a experiência nas aplicações, colocando a medicação na zona sub-urotelial, garante melhores e mais duradouros resultados, promovendo aumento da capacidade vesical e melhora da dor.
Estas diferenças nos resultados, explica-se pela intimidade da aplicação de medicamentos pela via endoscópica (por cistoscopia), mas como a espessura vesical é muito fina, a diferenciação entre o epitélio vesical e o músculo detrusor, pode não ser tão evidente para cirurgiões menos experimentados, o que explica a variação de resultados observada.
A aplicação da toxina tem papel importante na colheita de resultados clínicos, uma vez que se verificou alguma variação nos índices de sucesso relatados pelos diferentes autores médicos. Assim, parece que a experiência nas aplicações, colocando a medicação na zona sub-urotelial, garante melhores e mais duradouros resultados, promovendo aumento da capacidade vesical e melhora da dor.
Estas diferenças nos resultados, explica-se pela intimidade da aplicação de medicamentos pela via endoscópica (por cistoscopia), mas como a espessura vesical é muito fina, a diferenciação entre o epitélio vesical e o músculo detrusor, pode não ser tão evidente para cirurgiões menos experimentados, o que explica a variação de resultados observada.
Benefícios da Aplicação de Toxina Botulínica no Tratamento da “Cistite Intersticial”
A cistite intersticial ou síndrome da bexiga dolorosa, assim a prostatite crônicaI, são doenças desabilitantes, caracterizadas pela conjunção de aumento da frequência miccional, dor supra-púbica e sensação eminente da necessidade de urinar.
Os tratamentos correntes normalmente são decepcionantes e apresentam baixo índice de sucesso.
Ainda que a instilação intra-vesical de ácido hialurônico e DMSO sejam utilizados, ao lado do uso de amitriptilina e pentossan-polissulfato, os resultados não são duradouros e certos.
Desta maneira, ainda que imprópria, a hidro-distensão continua sendo amplamente utilizada, pois de fato promove melhora temporária, apesar de poder causar efeito rebote, com piora subseqüente dos sintomas.
Hoje se sabe que pacientes com “cistite intersticial” apresentam perda do epitélio, o que expõe os terminais nervosos sub-uroteliais a agentes inflamatórios, que por conseqüência fazem o músculo detrusor (da bexiga) contrair espástica e involuntariamente, causando dor, necessidade frequente de urinar e aumento da freqüência de micção.
A aplicação de toxina botulínica nestes casos bloqueia a comunicação dos terminais nervosos excessivamente “acessos”, dessensibilizando a bexiga para as sensações de dor.
Experiências com ratos, revelam que a injeção de ácido-acético na bexiga causa grande inflamação levando a bexiga a se contrair, diminuindo seu tamanho. No entanto, se os ratos são tratados previamente com toxina botulínica antes de serem induzidos a inflamação artificial da bexiga, a bexiga não se contrai. O que mostra o efeito protetor e reversivo da toxina botulínica.
A cistite intersticial ou síndrome da bexiga dolorosa, assim a prostatite crônicaI, são doenças desabilitantes, caracterizadas pela conjunção de aumento da frequência miccional, dor supra-púbica e sensação eminente da necessidade de urinar.
Os tratamentos correntes normalmente são decepcionantes e apresentam baixo índice de sucesso.
Ainda que a instilação intra-vesical de ácido hialurônico e DMSO sejam utilizados, ao lado do uso de amitriptilina e pentossan-polissulfato, os resultados não são duradouros e certos.
Desta maneira, ainda que imprópria, a hidro-distensão continua sendo amplamente utilizada, pois de fato promove melhora temporária, apesar de poder causar efeito rebote, com piora subseqüente dos sintomas.
Hoje se sabe que pacientes com “cistite intersticial” apresentam perda do epitélio, o que expõe os terminais nervosos sub-uroteliais a agentes inflamatórios, que por conseqüência fazem o músculo detrusor (da bexiga) contrair espástica e involuntariamente, causando dor, necessidade frequente de urinar e aumento da freqüência de micção.
A aplicação de toxina botulínica nestes casos bloqueia a comunicação dos terminais nervosos excessivamente “acessos”, dessensibilizando a bexiga para as sensações de dor.
Experiências com ratos, revelam que a injeção de ácido-acético na bexiga causa grande inflamação levando a bexiga a se contrair, diminuindo seu tamanho. No entanto, se os ratos são tratados previamente com toxina botulínica antes de serem induzidos a inflamação artificial da bexiga, a bexiga não se contrai. O que mostra o efeito protetor e reversivo da toxina botulínica.
Benefícios da Aplicação de Toxina Botulínica na Próstata
O crescimento constritivo da próstata em torno da uretra pode causar dificuldade miccional, que se acompanha de vários outros sintomas, tais como acordar diversas vezes à noite (nictúria), ter urgência para urinar (urgência), aumentar o número de vezes para urinar durante o dia (freqüência), ter sensação de micção incompleta, infecções urinárias, etc.
Como a percepção destes sintomas, assim como o grau de incômodo são veiculados pelo sistema nervoso, o bloqueio neuronal aferente e eferente promovido pela toxina botulínica, pode produzir expressiva melhora ou cura dos sintomas, numa nova fronteira de aplicação da droga.
Há uma grande quantidade de nervos colinérgicos na próstata que também inervam a bexiga conjuntamente, e por isso problemas na próstata interferem diretamente no funcionamento vesical.
A aplicação de Toxina botulínica na glândula prostática produz apoptose (diminuição exacerbada do crescimento e morte celular) com resultante atrofia prostática e diminuição do tônus do esfíncter uretral, facilitando ainda mais a micção.
Há uma grande quantidade de nervos colinérgicos na próstata que também inervam a bexiga conjuntamente, e por isso problemas na próstata interferem diretamente no funcionamento vesical.
A aplicação de Toxina botulínica na glândula prostática produz apoptose (diminuição exacerbada do crescimento e morte celular) com resultante atrofia prostática e diminuição do tônus do esfíncter uretral, facilitando ainda mais a micção.
Benefícios da Aplicação de Toxina Botulínica no Esfíncter Uretral para Tratamento da Dissinergia Vésico-esfincteriana ou Bexiga Hiperativa Secundária
O esvaziamento da bexiga se alicerça no princípio básico e fisiológico de que a bexiga, ao se contrair, faz uma pequena força de contração para se esvaziar porquê a uretra se abre amplamente.
No entanto, nem sempre este processo ocorre desta maneira! Algumas pessoas não conseguem “relaxar” a uretra, exigindo da bexiga uma contração muscular mais vigorosa, o que produz problemas miccionais.
A aplicação de toxina botulínica no esfíncter relaxa-o, diminuindo a indesejável resistência uretral, e por conseguinte facilitando a micção em casos de bexiga neurogênica-não-neurogênica ou dissinergia vesico-esfincteriana.
No entanto, nem sempre este processo ocorre desta maneira! Algumas pessoas não conseguem “relaxar” a uretra, exigindo da bexiga uma contração muscular mais vigorosa, o que produz problemas miccionais.
A aplicação de toxina botulínica no esfíncter relaxa-o, diminuindo a indesejável resistência uretral, e por conseguinte facilitando a micção em casos de bexiga neurogênica-não-neurogênica ou dissinergia vesico-esfincteriana.
Uretrocistografia (radiografia) demonstrando mulher urinando, mas com ponto de estrangulamento na região do esfíncter uretral, cujo músculo não se relaxou
A alta taxa de sucesso deste recurso (ao redor de 85%, varia de 75 a 100%) promove alívio para uma condição onde os resultados de cura ou melhora não alcançavam 25%, tornando opção obrigatória para os casos graves ou de falhas com outros recursos.
Alguns estudos médicos já demonstraram significativa diminuição da pressão vesical (antes: 56.5 ± 41.2 – após: 39.0 ± 32.1 cmH2O) e do resíduo pós-miccional (antes: 300 ± 189.1 – após: 50 ± 153.6 ml) após a aplicação da toxina no esfíncter e assolho pélvico.
Alguns estudos médicos já demonstraram significativa diminuição da pressão vesical (antes: 56.5 ± 41.2 – após: 39.0 ± 32.1 cmH2O) e do resíduo pós-miccional (antes: 300 ± 189.1 – após: 50 ± 153.6 ml) após a aplicação da toxina no esfíncter e assolho pélvico.