No município Toledo, no Paraná, um projeto vem promovendo a inclusão e valorização das pessoas com deficiência através do esporte: o Clube Escolar Paradesportivo. Com o apoio do Criança Esperança, tem atleta que já conquistou até medalha.
Desde 2006, 50 crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência são atendidos na instituição. “Não é só eles se locomoverem dentro da quadra, mas se locomoverem lá fora, para ir à escola, dentro de casa, para pegar um ônibus. Então, para ele estar dentro da quadra, ele já deve ter passado por tudo isso”, explica a coordenadora do projeto, Fábia Freire da Silva.
Entre as atividades, estão aulas de tênis de mesa, dança e handball em cadeira de rodas. As modalidades são adaptadas, mas muito divertidas. Além da diversão, os professores querem também que os alunos se sintam incluídos.
No Clube, até atividades que surgem da música podem ser feitas sem se ouvir um som sequer. Para o grupo de crianças surdas que praticam capoeira, por exemplo, os primeiros passos do esporte são descobertos no ritmo de um berimbau imaginário. “Eles sentem o som, a batida internamente, como a nossa batida do coração”, relata o professor.
Leonardo Zuffo, aluno da instituição, é o menino de ouro das quadras de Toleto. Em 2013, o jovem morador do oeste do Paraná ajudou o Brasil a conquistar 11 troféus no Panamericano de Para-badminton, esporte parecido com o tênis.
Para se manter no topo do ranking nacional da modalidade, Leonardo, que nasceu sem as duas pernas treina três horas e meia todos os dias. “É tudo da cabeça mesmo. Se você diz: ‘eu posso fazer’, você vai lá e consegue”, afirma o atleta.