Com falência intestinal, criança está na UTI. Pais afirmam que plano dos servidores estaduais se recusa a cumprir decisões judiciais
Com o filho em risco de vida e diagnosticado com uma mutação genética rara, os pais do menino Enoque Miranda Arnoni, de 4 anos, afirmam que sofrem desde agosto do ano passado com a falta de atendimento adequado do plano de saúde do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e apontam que não recebem a assistência necessária mesmo após determinações da Justiça à operadora de saúde.
A doença do menino Enoque, conhecida como displasia de Mckusick, teve como desdobramento falência intestinal, que o impede de absorver os nutrientes, enquanto afeta também seu crescimento e peso corporal. Desde que nasceu, o menino lida com vômitos constantes e têm diarreia todos os dias.
Com o quadro de saúde já fragilizado e o fracasso de outros métodos de alimentação, ele precisa realizar em casa um tratamento complexo e caro: a dieta parenteral, que nutre o paciente por meio de uma sonda na veia. Além disso, Enoque terá de ser acompanhado diariamente por uma enfermeira por tempo indeterminado.
Em setembro do ano passado, os pais da criança já conseguiram liminar favorável na Justiça, que obrigou o plano do Iamspe a transferir o paciente para o Hospital Sabará, especializado em falência intestinal, e custear esse tratamento mesmo em uma unidade que não é conveniada.
Os pais de Enoque afirmam que o Iamspe ignora a determinação judicial, enquanto alega que consegue realizar o tratamento nas suas dependências.