Desde 2013, uma lei municipal determina adaptação de brinquedos para crianças com deficiência. Até o momento, nenhum parque público foi contemplado com a mudança.
Para a maioria das crianças, ir a um parque de diversões ou em um simples parquinho de praça é motivo de alegria. Além disso, muitas vezes é uma forma a mais de ampliar a interação entre pais e filhos, em meio aos brinquedos que também foram a alegria dos adultos quando eram pequenos.
Mas essa facilidade não existe para todas as crianças. Muitos desses brinquedos acabam ficando inacessíveis para crianças com deficiência, o que levou à necessidade de criação de uma lei que reservasse uma parcela de brinquedos adaptados para pessoas com deficiência. A Lei Municipal nº 11.475 está em vigor desde setembro de 2013, obrigado o governo de Ponta Grossa (PR) a instalar, nos parques, 20% dos brinquedos adaptados para essas crianças.
A medida se aplica não apenas aos parques públicos. Graças a uma alteração na redação da lei, publicada em diário oficial nessa semana, a determinação se estende a “playgrounds instalados em jardins, parques, clubes, áreas de lazer e áreas abertas ao público em geral, ainda que localizados em propriedade privada de uso público”. Em outras palavras, condomínios e clubes deverão atender à exigência.
A lei não apenas determina a adaptação ou instalação dos brinquedos adaptados, como também exige que os parques tenham, em sua estrutura, estruturas de acessibilidade para atender às pessoas com deficiência, a exemplo de rampas para cadeirantes e pisos táteis para deficientes visuais. Também sugere a criação de jogos de tabuleiro e baralhos táteis para as crianças com dificuldade visual.
O Jornal da Manhã percorreu a maior parte dos parques infantis da cidade, e não localizou nenhum brinquedo adaptado para crianças com deficiência. Aparentemente, trata-se de mais uma lei que ainda não saiu do papel. O único parque do tipo, está instalado dentro da Associação Ponta-grossense de Assistência à Criança com Deficiência (APACD), localizada no Bairro Órfãs.
A diretora pedagógica escolar da Instituição, Márcia Bernadete Serckumecka , explica que o parque foi finalizado no ano passado, e foi feito pensando especialmente nas crianças atendidas pela Entidade. Atualmente, a APACD recebe um total de 230 pessoas com deficiência, a maioria crianças.
APACD aplica doações em parque
O parquinho montado na APACD foi construídos sobre grama artificial, e já na altura para colocar a cadeira de rodas na balança ou no gira-gira. Os brinquedos permitem que, dependendo do caso da criança, ela também possa brincar sem a cadeira de rodas. Além de garantir a diversão, permite a interação entre os jovens, já que mais de uma criança pode brincar simultaneamente. “Além do lazer que proporciona, o fato de estar em ambiente ao lar livro, com sol, é uma estimulação para os alunos”, explica Márcia Bernadete Serckumecka. O investimento para o parque foi de cerca de R$ 42 mil, com recursos oriundos do Imposto de Renda, que permitem a doação aos fundos de apoio à criança e ao adolescente.
Fonte: Jornal da Manhã
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