Entre os tipos de deficiência declarados, o destaque foi para deficiência intelectual, seguida pela deficiência física e pela deficiência múltipla.
Por Elza Maria Albuquerque
Um ano e oito meses é o tempo médio de espera para obter uma cadeira de rodas pelo SUS. Esse dado faz parte do relatório de conclusão da terceira edição do projeto Cadê Você?. A iniciativa, promovida pelo Instituto Mara Gabrilli (IMG), tem o objetivo de localizar e atender pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social na periferia de São Paulo. O relatório traça o perfil das pessoas atendidas e os serviços que elas recebem.
Acompanhamento do início ao fim
Desde 2010, o Cadê Você? já localizou e atendeu mais de mil pessoas com deficiência na periferia de São Paulo. Em 2014, a pesquisa foi feita com 302 pessoas com deficiência, predominantemente adultas, com idade entre 19 e 59 anos (48%). Mobilidade urbana, acessibilidade, tempo de espera para receber equipamentos, desemprego, acesso a atividades culturais e esportivas, entre outras informações, são resultado das entrevistas de avaliação realizadas pela equipe multidisciplinar que atua no projeto.
Após as entrevistas, os moradores atendidos são encaminhados para profissionais de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional – todos eles fazem parte da equipe dos mutirões, que, eventualmente, conta com advogados e dentistas. Eles avaliam cada situação e encaminham para serviços públicos. Cada atendido é acompanhado por uma assistente social, que monitora o atendimento externo, o temo de espera e, se necessário, realiza novos encaminhamentos.
“Quando fundei o Instituto Mara Gabrilli, em 1997, tinha o sonho de transformar a vida de quem, como eu, tinha uma deficiência, mas não as mesmas oportunidades. Sinto muito orgulho ao ver que o Instituto ampliou suas ações, e hoje o Cadê Você? vem criando uma rede de proteção e direitos entre todos que por ele passaram. É muito gratificante”, afirma a fundadora do IMG, Mara Gabrilli.
Resultados
A edição de 2014 do projeto realizou oito mutirões nos bairros do Campo Limpo, Vila Maria, Horto, Itaquera, Morro Doce e Planalto Paulista. Entre os tipos de deficiência declarados, o destaque foi para deficiência intelectual (41%), seguida pela deficiência física, que representou 1/4 do total, e, em terceiro, a deficiência múltipla (19%). Das causas para as deficiências, a mais apontada foi a congênita (78%).
Segundo Camila Benvenuto, coordenadora geral do IMG, ao final de cada edição do projeto, o Instituto lança um relatório de atividades, que traz uma análise dos dados coletados durante o Cadê Você? e traça um retrato das comunidades pelas quais o mutirão passou. Ele é encaminhado para organizações parceiras e, principalmente, para o poder público.
Acompanhamento do início ao fim
Desde 2010, o Cadê Você? já localizou e atendeu mais de mil pessoas com deficiência na periferia de São Paulo. Em 2014, a pesquisa foi feita com 302 pessoas com deficiência, predominantemente adultas, com idade entre 19 e 59 anos (48%). Mobilidade urbana, acessibilidade, tempo de espera para receber equipamentos, desemprego, acesso a atividades culturais e esportivas, entre outras informações, são resultado das entrevistas de avaliação realizadas pela equipe multidisciplinar que atua no projeto.
Após as entrevistas, os moradores atendidos são encaminhados para profissionais de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional – todos eles fazem parte da equipe dos mutirões, que, eventualmente, conta com advogados e dentistas. Eles avaliam cada situação e encaminham para serviços públicos. Cada atendido é acompanhado por uma assistente social, que monitora o atendimento externo, o temo de espera e, se necessário, realiza novos encaminhamentos.
“Quando fundei o Instituto Mara Gabrilli, em 1997, tinha o sonho de transformar a vida de quem, como eu, tinha uma deficiência, mas não as mesmas oportunidades. Sinto muito orgulho ao ver que o Instituto ampliou suas ações, e hoje o Cadê Você? vem criando uma rede de proteção e direitos entre todos que por ele passaram. É muito gratificante”, afirma a fundadora do IMG, Mara Gabrilli.
Resultados
A edição de 2014 do projeto realizou oito mutirões nos bairros do Campo Limpo, Vila Maria, Horto, Itaquera, Morro Doce e Planalto Paulista. Entre os tipos de deficiência declarados, o destaque foi para deficiência intelectual (41%), seguida pela deficiência física, que representou 1/4 do total, e, em terceiro, a deficiência múltipla (19%). Das causas para as deficiências, a mais apontada foi a congênita (78%).
Segundo Camila Benvenuto, coordenadora geral do IMG, ao final de cada edição do projeto, o Instituto lança um relatório de atividades, que traz uma análise dos dados coletados durante o Cadê Você? e traça um retrato das comunidades pelas quais o mutirão passou. Ele é encaminhado para organizações parceiras e, principalmente, para o poder público.
“Conseguimos acompanhar se algo foi feito por meio dos números colhidos nas próximas edições do Cadê Você?. A expectativa é dar visibilidade às pessoas com deficiência mais vulneráveis, escondidas na periferia da cidade. Com o relatório, mostramos, à população e ao poder público, como elas vivem e as dificuldades que enfrentam. A partir daí, esperam que esta realidade mude”, conta Camila.
Em 2014, no total, foram realizados 718 encaminhamentos externos, para a rede pública de serviços, sendo a área da saúde a mais requisitada. Fonoaudiologia foi a área mais demandada, seguida por psicologia e fisioterapia. Destes, 73 encaminhamentos tiveram resultado positivo na primeira tentativa, e 314 atendidos não deram prosseguimento ao encaminhamento.
O Cadê Você? faz doações eventuais, apesar de não ter foco na doação de recursos. Em 2014, foram doados 110 equipamentos, entre cadeiras de rodas e acessórios, cadeiras de banho e almofadas anti-escara.
“Desde 2010, venho com meu filho ao mutirão. Além do atendimento, consegui aqui uma cadeira de rodas e acompanho a evolução do meu filho dentro do projeto", afirma Maria José da Silva Ferreira, moradora do Jardim Novo Horizonte, na Zona Leste de São Paulo, e mãe do jovem Eduardo, de 7 anos, que tem paralisia cerebral.
Para conferir todos os detalhes do relatório de 2014 do Projeto Cadê Você?, acesse o site do Instituto Mara Gabrilli.
Fotos: Rafael Públio/Instituto Mara Gabrilli