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Passista com nanismo vira destaque da Viradouro

Vivi estreia como destaque da Viradouro este ano
Vivi estreia como destaque da Viradouro este ano Foto: Thiago Freitas/Extra
Apenas 1,23m de altura e muito rebolado e samba no pé. Passista da Viradouro há oito anos, Viviane de Assis foi a sensação da Marquês de Sapucaí no ensaio técnico da escola. O sucesso da sambista rendeu a ela um posto de importância: neste carnaval, virá como destaque de chão.
— Está sendo tudo maravilhoso. No ensaio foi do setor 1 até a apoteose todo mundo gritando, aplaudindo. Eu viro, sambo, faço quadradinho. E isso empolga mais ainda, me dá mais fôlego, dá vontade de voltar e começar tudo de novo — conta ela, que é portadora de nanismo.
Ela virá à frente da segunda ala, que representa o povo banto — povo longilíneo, da África subsariana. Todos os componentes terão, no mínimo, 1,70m e farão uma encenação no enredo em que a escola retrata o povo negro.
Apesar do sucesso quando samba, o preconceito não fica de lado. Até hoje, Vivi, como gosta de ser chamada, precisa enfrentar olhares tortos e piadas sobre seu tamanho.
— Aonde eu entro, quem não conhece, olha diferente. Sempre tem que ri, quem debocha, cutuca o amigo. Cabe a mim sair disso. Quando eu sambo, tudo muda.
Apesar das barreiras que enfrenta, a passista lida com sua diferença com muito bom humor.
— As pessoas me chamam de pequena achando que vão me ofender. Eu? Vou ficar em depressão? Se Deus me fez pequena foi para eu me perder de vista. Porque quem me conhece sabe que eu gosto de um samba, um pagode. Eu vivo, namoro, curto.
Apaixonada por samba, ela irá desfilar em três agremiações este ano. Além da Viradouro, sai pela Rocinha e Embaixadores da Folia. Nas ruas do Rio, ainda é rainha de bateria do bloco Senta Que Eu Te Empurro.
— Eu tenho meu gingado, tenho meu rebolado. Quando eu crescer, isso vai passar, mas por enquanto a gente aproveita — diverte-se.
O segredo para tanto pique durante os dias de folia é o hábito, que criou desde criança. Viviane desfila desde os 7 anos, quando acompanhava a mãe e um grupo do Ciep em desfiles de escolas mirins na Sapucaí.
— Ah, eu já faço isso desde pequena, né... Porque agora, eu cresci muito — brinca ela, quando questionada como se prepara para enfrentar a maratona de desfiles.

Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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