A Invernada Mirim é realizada há um ano e meio. Integrante do DTG, o pai de Thaine, Magno Bittencourt, imaginava que a dança faria bem à filha, mas relutou ao pedir que ela fosse incluída na atividade. “Pensei que iriam barrar”, conta. Mas os professores de dança insistiram e a menina topou. “Ela provou para ela mesma que é capaz de fazer muitas coisas mesmo estando na cadeirinha”, comemora o pai.
Sem ‘tempo ruim’
Sem ‘tempo ruim’
Os familiares demonstram emoção com o jeito de ser de Thaine, que enfrenta as dificuldades com um sorriso no rosto. “Ela está sempre faceira”, conta o pai. “Não tem tempo ruim para ela”.
Mulher de Magno, a auditora Letícia Demiquelli, de 26 anos, diz que aprende ao ver a forma como a menina enfrenta as dificuldades. “Ela não transparece em nenhum momento tristeza. Está sempre alegre. Dá uma lição na gente”, afirma Letícia, exaltando a boa relação que a enteada tem com as outras crianças. “Todos estão sempre ao redor dela, chegam a disputar para empurrar a cadeira”, conta.
Thaine conta que, além de dançar, gosta de ir à escola e “brincar com os colegas”. A mãe fala com orgulho sobre o quanto a filha se dá bem com os colegas, mesmo com as dificuldades, mas demonstra preocupação com o futuro. “Me preocupo em quando ela chegar na adolescência, na fase de ir a festas”, confessa.
Tratamento
A menina sofreu uma lesão na medula após ser atropelada quando tinha um ano e oito meses. Em Dois Irmãos, faz fisioterapia e hidroginástica de manhã, e à tarde vai à escola. Vive com a mãe. Graças à boa relação que mantém com ela, o pai pode ver a filha com frequência.
Além destas atividades, a pequena é submetida a um tratamento duas vezes por ano em um hospital referência em reabilitação em Belo Horizonte. Lá, Rejane ouve dos médicos que, com o avanço das pesquisas com células-tronco, pode haver uma chance de reverter a situação. “Temos de pensar que este sonho pode não acontecer, mas há uma possibilidade”, diz. Mas Thaine não quer ficar esperando, e se esforça para viver da sua maneira: com um sorriso no rosto e dançando no salão.
Assista o vídeo acessando o link: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/10/me-sinto-bem-diz-menina-cadeirante-que-participa-de-danca-gaucha-no-rs.html
Fonte: G1