Números são avançados pela Federação Nacional dos Professores. Nos últimos meses, o provedor de Justiça recebeu mais de mil queixas de pessoas que contestam o resultado da apreciação e conclusão dos processos.
Mais de dez mil alunos com necessidades educativas especiais deixaram de receber apoios, calcula a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Para a Fenprof, este é o resultado do decreto-lei publicado há seis anos, que alterou as regras de apoio as crianças com dificuldades de aprendizagem.
Os dados foram divulgados hoje, no arranque da Semana de Acção Global pela Educação, que este ano tem como tema “Deficiência e Educação”.
A Fenprof alerta ainda que milhares de crianças e jovens, que eram apoiados diariamente, passaram a ter o apoio reduzido a menos de uma hora por semana.
A cinco semanas do fim do ano lectivo mantêm-se as criticas ao Ministério da Educação. No distrito de Coimbra, nos concelhos de Miranda do Corvo, Lousã, Góis e Pampilhosa da Serra,
180 alunos deixaram de ter o acompanhamento de terapeutas.
180 alunos deixaram de ter o acompanhamento de terapeutas.
As crianças estão a regredir na aprendizagem, diz Cristina Larguesa, mãe de umas criança com atraso no desenvolvimento e epilepsia, que ficou “sem qualquer apoio dos terapeutas” neste ano lectivo.
Para rever as medidas adoptados no âmbito da educação especial, o Governo criou um grupo de trabalho, que deverá apresentar conclusões ainda este mês.
À Provedoria de Justiça continuam a chegar queixas relativas à atribuição do subsídio de educação especial.
Nos últimos meses, o provedor José Faria Costa recebeu mais de mil queixas de pessoas que contestam o resultado da apreciação e conclusão dos processos.
A situação levou o provedor de Justiça a pedir à Segurança Social e ao director-geral dos Estabelecimentos Escolares urgência nas medidas para assegurar uma correcta atribuição do subsídio de educação especial.