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10 dicas de sexo para paraplégicos
A compreensão entre os parceiros é o principal
Você já deve ter ouvido falar que os praticantes de sexo
com lesão
medular têm a consciência corporal menos desenvolvida, que
a
energia produzida durante a relação é gerada
principalmente na
visualização do ato. Tudo isso é verdade, garantem os
especialistas. Mas, para chegar nesse ponto, é preciso
investir em
treinamento – e muitas vezes isso implica em rever o
estilo de vida.
A massagem e toques em áreas erógenas são um dos recursos
principais do sexo, além disso, alguns exercícios mentais
e
físicos ajudam na ativação da energia sexual, a chamada
“kundalini”. A prática é
recomendada para todo tipo de casal
disposto a aprender, sem limitações de idade ou
preferências
sexuais.
A psicóloga clínica Judy Kuriansky, autora do livro “O
Guia
Completo do Sexo Tântrico” (Editora Madras), e os
terapeutas
corporais Gabriel Saananda e Roberta Jaloretto, do Espaço
Companhia do Ser, ensinam os dez primeiros passos para
iniciantes, que buscam novas experiências prazerosas.
1. Higiene Corporal (HC)
Tome banho, faça as necessidades fisiológicas. A final
você não vai
querer emporcalhar a cama na hora H.
2. Explore o outro
A mulher pode começar aplicando a massagem no homem. A
terapeuta Roberta Jaloretto aconselha: “Toque todo o corpo
dele
buscando levar sensibilidade para partes que geralmente
ficam
esquecidas. A ideia é sensibilizar ‘o todo’ por meio de
toques
3. Não tenha pressa
As massagens e toques não combinam com pressa nem pressão.
É
preciso saborear a experiência, o caminho, sem focar tanto
na
conclusão. Estar em posição de receber a massagem é
especialmente benéfico para o homem, que aprende a
controlar e
prolongar o seu prazer. Ele deve ficar de 10 até 15
minutos apenas
curtindo os toques. “É uma brincadeira que funciona como
um
treinamento”, ensina Gabriel Saanandra.
4. Deliciosos artifícios
Segundo Saanandra, você também pode utilizar as unhas, os
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cabelos ou um lenço de seda para fazer a massagem. “Isso
faz com
que a pele fique sensível e acorde – ele começa ficar
arrepiado”. É
recomendado utilizar texturas e brincar com as sensações
de
quente e frio; use a imaginação!
Toques suaves com unhas, lenços e outros
Não é novidade nenhuma que após a lesão medular o homem
perca a sensibilidade, depende da lesão é claro, isso
implica
também nos seu órgão genital. Há aqueles que mesmo
cadeirantes
costumam negar uma broxada, rsrsrs calma rapazes, não é
hora de
bancar o machista. Lembre-se de procurar o seu médico e
não saia
por
aí engolindo qualquer comprimido.
A respiração é parte importante durante todo o processo. A
inspiração deve ser profunda e a expiração bem relaxada.
“Trazer
energia para dentro e relaxar na hora de soltar o ar”,
ressalta
Saanandra. Durante o ato, gema, suspire, não tenha
vergonha de
expressar as sensações boas da massagem por meio de sons.
7. Olho no olho
Olhar nos olhos é uma prática básica do sexo pós-lesão.
Judy
Kuriansky, autora de “O Guia Completo do Sexo Tântrico”,
recomenda olhar fixamente para a chama de uma vela por
algum
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tempo para desenvolver a concentração necessária para
intensas
trocas de olhares. É recomendável praticar o exercício
antes de
dormir. Você também pode, ao invés de olhar, ser receptiva
e
receber o olhar do outro.
8. Crie rituais amorosos
Tomar banho juntos, vestir aquela roupa especial, escolher
um
perfume estimulante... Esses pequenos ritos preparam para
uma
troca de amor mais íntima. O ambiente deve estar
totalmente limpo,
com luz na medida. A roupa de cama pode ser especial para
a
ocasião e, para aumentar o conforto, disponha também
algumas
almofadas. Posicione objetos que simbolizem os quatro
elementos:
uma vela para o fogo, um líquido para a água, uma folha
para o ar,
uma flor para a terra.
“ O Sexo de um paraplégico não é o sexo que as pessoas
conhecem. A busca por ensinar, aprender e ajudar o
parceiro com
lesão medular a sentir prazer vem com o afeto e não com o
genital”, frisa Gabriel Saananda. A filosofia propõe uma
maior
conexão com o seu ser, expansão de consciência e percepção
do
corpo. “Dentro da sexualidade pós-lesão você vai aprender
a lidar
com suas sensações, a trazer intimidade para dentro da sua
vida”.
10. Ache sua turma e um terapeuta
sério
Participar de workshops e vivências da sexualidade
pós-lesão é
uma boa pedida para os novatos. Existe uma variedade de
treinamentos – em grupo, individuais, para casais, de
longa ou curta
duração – que variam de acordo com a filosofia de cada
espaço.
Como não há uma certificação e nem uma licenciatura em
sexualidade pós-lesão, fique de olho na hora de escolher
um
profissional. O especialista tem que ser habilitado em
técnicas de
massagem, com especialização em tantra, e é essencial que
você
se sinta confortável com ele. O toque faz parte da
terapia, mas não
há sexo envolvido durante as sessões. “Com o terapeuta
você vai
desenvolver a confiança e a técnica para que carregue isso
com
você e possa aplicar no dia a dia”, explica Roberta.