Mais de 300 mil brasileiros têm a síndrome, que é provocada por um acidente genético. Além do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, essas pessoas estão propensas a ter variados problemas de saúde.
Daniel Limas, da reportagem do Vida Mais Livre
Em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, o Vida Mais Livre preparou uma reportagem especial para esclarecer alguns fatos sobre a Síndrome de Down, que afeta mais de 300 mil brasileiros. Para começar, 21 de março é escrito 21/3, o que faz alusão à trissomia do cromossomo 21.
Uma das dúvidas mais comuns é se a Síndrome de Down é uma doença ou não. “Não” é a resposta mais correta. Ela é causada por um acidente genético que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião. “Na célula comum da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23 pares. O indivíduo com Síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado ao par 21”, explica Ana Elisa Scotoni, neuropediatra da Fundação Síndrome de Down. Por isso, é que a Síndrom de Down também pode receber o nome de Trissomia do 21. E como estamos falando de nomes, não se deve utilizar o termo mongolismo para se referir às pessoas com Síndrome de Down.
A síndrome foi descrita pela primeira vez, em 1866, na Inglaterra, pelo médico inglês John Langdon Down, que acabou emprestando seu nome. Em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da Síndrome de Down era genética, pois até então a literatura relatava apenas as características que indicavam.
Pesquisas indicam que a cada 600 bebês vivos, um tem Síndrome de Down. Os estudos também mostram que quanto maior a idade da mãe, maiores são as chances da criança ter a síndrome. Além disso, ela ocorre ao acaso, sem distinção de raça ou sexo. “Nada que ocorra durante a gravidez, como quedas, emoções fortes ou sustos, pode ser a causa da síndrome. Também não conhecemos nenhum medicamento que ingerido durante a gravidez cause a síndrome”, relata Ana Elisa.
“Os bebês com Síndrome de Down, em geral, podem apresentar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e acentuada hipotonia (reduzido tônus muscular), que diminui com o tempo e a criança vai conquistando, embora mais tarde que as outras, as diversas etapas do desenvolvimento: sustentar a cabeça, virar-se na cama, engatinhar, sentar, andar e falar”, explica a neuropediatra.
Problemas de saúde
Alguns problemas e doenças podem afetar pessoas com a síndrome com mais frequência, por isso, é fundamental que médicos acompanhem o desenvolvimento da criança. Para José Salomão Schwartzman, neurologista da Infância e Adolescência e professor titular no Curso de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, as pessoas com Síndrome de Down têm, bem mais frequentemente, problemas de saúde que pessoas da população em geral. “Problemas auditivos, oculares, hematológicos, ósseos e vários outros também são bastante habituais, além de doenças cardíacas. Outra constatação é que eles têm maior incidência de infecções e de problemas alérgicos. Problemas gastrointestinais, epilepsia e disfunção da tireóide também não são raros”, explica.
Zan Mustacchi, presidente do Departamento de Genética da Sociedade de Pediatria de São Paulo,e diretor-clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo (CEPEC-SP), menciona outros números: “Cerca de 50% das pessoas com Síndrome de Down têm a probabilidade de desenvolver problemas cardíacos. Isso ocorre porque o músculo do coração não amadurece no tempo adequado. E, em 30% desses casos, é necessária indicação de cirurgia”, comenta.
Outros números:
- de 16 a 22% das pessoas com Síndrome de Down têm problemas com a tireóide;
- de 40 a 60% têm um par a menos de costelas que pessoas comuns, o que causa diversas repercussões respiratórias;
- 30% podem desenvolver o Mal de Alzheimer depois dos 40 anos. Nas pessoas sem Síndrome de Down, a maioria começa a desenvolver a doença após os 60 anos.
Aproveite para ler também a reportagem especial O que fazer ao saber que seu filho terá alguma deficiência?, que traz várias dicas para mães e pais que recebem a notícia de que seu filho vai ter alguma deficiência. Além disso, traz os depoimentos de uma mãe que tem uma filha com Síndrome de Down e conta sua história.
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Síndrome de Down
Comentários
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abraços
João
que tenha uma pessoa mais amorosa e bem desemvolvida
soraia é da bahia gosta dos atista que falam de
crianças esprança que entevista luan santana é cantor mais porpular e faz reportagen de que culte no facebook soraia começa a fazer a carreira do luan santana
Até me identifiquei com alguns comentarios da Vanderly, olha ela só acorda rindo, é linda , não me canso de beija-la, e abraça-la.O mais dificil é que voltei a trabalhar,mas não vejo a hora de chegar em casa para amamenta-la, ela mamou o tempo todo no peito direto até os 6 meses, mas voltei ao trabalho e só dou de manhã e a noite, mas é muito prazeroso amamentar.
Ainda existem pessoas preconceituosas e desenformadas, mas sei que Deus dará sabedoria não só para a minha princesa como para todos que tenham sejam dow para lidar com todas as situações não agradaveis.
E deixo aqui um conselho vc que foram presenteados com um bebe dow, já mais pense no despreso a esses pequeninos, pelo contrario se existe amar um filho em dobro ou em triplo, os ame, pois são os seres mais inocentes que existem.
^^
Trecho de uma das músicas que fiz como prova de meu amor por esses seres mágicos.
Infelizmente não tenho mais o meu irmão Down, que morreu com alzheimer aos 56 anos de idade.
mas sobre síndrome de down para meu tcc,gostei muito da matéria,parabéns.