Roberth Costa
A história de uma adolescente, de 17 anos, que vive em Belo Horizonte, mobiliza internautas de diferentes regiões de Minas Gerais desde o início desta semana, quando começou a ser divulgada no Facebook. A estudante Amanda Lima foi atropelada na porta de casa no momento em que se preparava para ir à escola, no final de novembro. Ela perdeu movimentos do lado direito do corpo e passou a utilizar cadeira de rodas, além de ter a fala comprometida, já que sofreu lesão no cérebro. Atualmente internada no hospital Sarah Kubitschek, no bairro Gameleira, região Oeste da Capital, a jovem conta com a ajuda de doações para arcar com custos dos tratamentos de reabilitação, que envolvem compra de medicamentos, fisioterapia e uma cirurgia plástica.
A luta de Amanda para sobreviver começou no dia 12 de novembro, na mesma semana em que recebeu a confirmação de que havia se formado no 3º ano do ensino médio. Bolsista desde as séries iniciais no Colégio Imaculada Conceição, a jovem é considerada uma das melhores e mais queridas alunas da instituição. A mãe dela, Gisele Andrade Lima, de 50 anos, trabalhou na rede de ensino por mais de duas décadas, o que ajudou a filha a conseguir uma vaga na escola.
A adolescente foi atropelada por um motociclista, na avenida 28 de setembro, no bairro Esplanda, região Leste de Belo Horizonte. O rapaz auxiliou no resgate e passou dados para que Amanda possa receber o seguro Dpvat, que tem como objetivo indenizar vítimas de acidente de trânsito. Apesar disso, a família da jovem ainda não sabe como iniciar o processo.
Sensibilizados com a situação, representantes do colégio divulgaram uma carta aberta na qual falam sobre o acidente e os desafios enfrentados pela estudante. O relato, que se espalhou pelo Facebook, conta que a mãe de Amanda precisa auxiliar a filha e, por isso, deixou de trabalhar. As despesas das duas são pagas pelo pai da garota, Sérgio Lima, que se divide entre o emprego e as atividades relacionadas à recuperação da jovem.
A adolescente ficou no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII até dezembro. Depois disso, ela foi transferida duas vezes até chegar ao Sarah Kubitschek, onde precisa permanecer isolada em um apartamento, já que contraiu uma bactéria resistente durante a internação. A mãe de Amanda é a única que pode acompanhar o dia a dia dela por causa dos riscos de contaminação. “É como se estivéssemos presas aqui porque somente a equipe médica pode entrar e eu sou a única que pode acompanhar a Amanda. Dou banho nela e passo alguns exercícios de fisioterapia”, contou Gisele Lima ao portal Bhaz, nesta quarta-feira (26).
Apesar da rotina cansativa e das dificuldades que as duas enfrentam, a mãe da jovem acredita que a fase mais difícil já passou. Para ela, a ajuda que a família tem recebido de parentes, amigos e pessoas do convívio escolar vem sendo essencial para a recuperação. “O acidente deixou todo mundo triste, sem chão. A Amanda tinha acabado de passar no vestibular para Biomedicina. Depois resolveu que queria estudar Ciências Biológicas, mas estava muito feliz”, disse. “A gente sabe que não é fácil, mas o apoio que temos recebido é a melhor coisa que pôde acontecer. Mães de coleguinhas dela ligam pra conversar comigo, meus irmãos que moram longe e até alguns médicos estão nos ajudando. Não tenho como agradecer isso, é coisa de Deus”, completou.
Amanda deve ficar internada até o dia 14 de março. Depois disso, ela irá ao hospital apenas aos finais de semana para dar continuidade ao tratamento. A jovem, que já fica em pé com o auxílio da mãe e de fisioterapeutas, passará por uma cirurgia na cabeça para colocação de uma prótese no crânio. A peça tem como objetivo substituir parte da calota craniana da jovem, que foi retirada para reduzir a pressão provocada por um edema cerebral. “Não temos carro e vamos precisar trazer a Amanda à unidade de saúde algumas vezes por semana, vamos de táxi mesmo. Isso é o de menos, o importante é que ela está melhor. Tinha perdido 15 quilos depois do acidente, mas agora já está engordando. A cada dia minha filha está melhor”, finaliza Gisele.
Interessados em ajudar na recuperação de Amanda podem doar qualquer valor para família. A quantia arrecadada é depositada em uma conta aberta pelo pai da jovem. Além da cirurgia, que deve ser realizada em hospital particular caso o plano de saúde não cubra as despesas, o dinheiro será utilizado na compra de medicamentos e nos custos de transporte da estudante até o Sarah Kubitschek, entre outras ações relacionadas ao tratamento dela.
Conta corrente para depósito:
Sérgio Lima – CPF: 403838226-53
Caixa Econômica Federal – Agência 085
Conta 42813-4 – Código da operação: 001
Sérgio Lima – CPF: 403838226-53
Caixa Econômica Federal – Agência 085
Conta 42813-4 – Código da operação: 001
Fonte: Bhaz – Belo Horizonte de A a Z