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Cadeirante, Tetraplégico, QuadriPai…

cadeirante tetraplegicoVamos começar o ano de 2014 com uma historia vitoriosa de 2009, foi quando o casal Luís Fernando Ferreira, 38 anos, e Maria da Silveira Rossi, 40 anos, moradores de Votuporanga.Em uma terça-feira daquele ano, ela deu à luz quadrigêmeos no Hospital Beneficência Portuguesa, em Rio Preto, frutos de um processo de fertilização in vitro. O nascimento de Antonella, Nathan, Chrystian e Sofhia seria por si só um fato emocionante. Mas os pormenores da gestação fazem destes quatro pequenos protagonistas de uma história surpreendente.
O pai, Luís Fernando, é tetraplégico, devido a um acidente de carro ocorrido em 1989. Ele e a esposa sempre desejaram ter um filho. O sonho veio em 2001, com o nascimento de Nicolly. Mas durou pouco. Em 2005, a menina morreu, sob suspeita de negligência médica. Três anos mais tarde, foi a medicina que proporcionou a vinda de quatro filhos de uma só vez. Devido à idade de Maria, o casal decidiu fazer a fertilização para realizar o sonho de ter – e criar – um filho. “No dia 24 de dezembro de 2005 eu estava enterrando minha filha. Três anos e seis dias depois, recebo este presente. Este novo ano será de vitórias”, diz o pai.
A gravidez
A ocorrência de quadrigêmeos, mesmo em processos de fertilização in vitro, como foi o caso, é rara. Os bebês nasceram prematuros, com 32 semanas de gestação (o ideal são 40 semanas). Ainda assim, eles não precisaram de ajuda para respirar e não foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, o que geralmente acontece com os bebês que nascem antes da hora. Outra peculiaridade é o fato de Chrystian e Nathan serem univitelinos, ou seja, idênticos, outro fenômeno raro (leia mais no final desta matéria).
Isso aconteceu pois um dos embriões implantados no útero de Maria se dividiu espontaneamente. “Ela recebeu quatro embriões, mas três vingaram. O médico se espantou quando percebeu, pelo ultrassom, que seriam quatro bebês”, afirma Luís Fernando. Ele explica que a notícia foi recebida com alegria e pânico. “Sabíamos que era um grande risco. A chance dos bebês se desenvolverem e da mãe suportar é pequena. Dia após dia orávamos para que tudo corresse bem. E Deus operou este milagre.” Evangélico, Luís Fernando usa uma passagem do livro de Jó para exemplificar a sua vida. “Deus tirou tudo de Jó e depois lhe deu em dobro. Para mim, deu em quádruplo”, diz. “Agora tenho um filho para cada braço e perna. Olha só como eles vão poder me ajudar no futuro”, brinca.
Crianças cadeirante pai

Segundo o pediatra Jorge Haddad, da Beneficência, “Elas apresentam um quadro estável e já devem começar a receber o leite materno por meio de sonda.” A primeira a nascer foi Antonella, com 1,245 quilo e 38 centímetros. Em seguida vieram os meninos: Nathan, com 1,690 quilo e 38 centímetros e Chrystian, com 1,340 quilo e 38 centímetros (gêmeos univitelinos). Por último veio Sofhia, com 1,215 quilo e 36 centímetros. “Ela estava toda amassadinha”, diz o pai.
O pai criou um blog  para contar a saga da nova família. A história pode ser conferida no endereçowww.quadripai.blogspot.com.br
Univitelinos são raros
A ocorrência de gêmeos univitelinos (idênticos) em quadrigêmeos em uma fertilização in vitro é rara. A proporção é de 1 para mil. Dirceu Mendes Pereira, médico especialista em fertilização in vitro e diretor da clínica Roger Abdelmassih, de São Paulo, explica que normalmente em quadrigêmeos os bebês são gêmeos fraternos (não-idênticos). “Dois gêmeos fraternos e dois univitelinos oriundos de uma fertilização in vitro são considerados exceção. O normal seria o nascimento de quatro gêmeos fraternos”, explica. Segundo o especialista, na fertilização in vitro são implantados três embriões no útero da mãe, que geraram normalmente três gêmeos fraternos, podendo ser todos do mesmo sexo.
“A explicação para o nascimento dos gêmeos univitelinos é que em um determinado momento, um dos embriões cujas células se multiplicam, tenha se bipartido. Esta bipartição é como uma clonagem natural e os embriões gerados apresentam as mesmas características e são do mesmo sexo”, diz Dirceu Pereira. Na fertilização in vitro, os embriões são implantados no útero da mãe. No terceiro dia, após a fecundação, os embriões apresentam oito células. No quinto dia, o número de células chega a 104. “A bipartição de um mesmo embrião ocorre durante a multiplicação das células. É nesta bipartição que surgem os gêmeos univitelinos”, afirma Dirceu Pereira.
O nascimento de gêmeos fraternos e univitelinos, como o caso de Maria, não está relacionado com a idade dos pais ou com o método de fertilização. Na clínica Roger Abdelmassih são feitas cerca de 1.800 fertilizações in vitro por ano. E, segundo Dirceu Pereira, são registrados de 1 a 2 casos de gêmeos fraternos e univitelinos em uma única gestação.
Fonte: DiarioWeb
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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