Por Tancy Costa*
Começo de ano as pessoas estão super animadas para começar a cumprir as resoluções anotadas no papel ou mentalizadas. O verão também colabora na busca de atividades físicas, seja musculação, ginástica, musculação e etc. Já pensou em aliar ginástica e dança em uma mesma atividade?
A zumba é uma atividade que consegue juntar as duas atividades utilizando como trilha sonora ritmos latinos como Reggeaton, Cumbia, Salsa e Merengue. A atividade nasceu por acaso, quando o colombiano Alberto Perez, educador físico e bailarino, esqueceu suas fitas cassetes na aula de jazz e acabou improvisando com ritmos latinos. Aos poucos, a zumba ganhou adeptos, ganhando proporção na Colômbia e no final da década de 90, a modalidade foi levada pelo dançarino para os Estados Unidos.
Depois do sucesso da atividade, Beto Perez com mais dois amigos fez uma sociedade e criaram a marca zumba, que virou um modelo de negócio. Segundo Fábio Amaro, bailarino, o “fundador” da modalidade já teve vontade de desistir pois estava cansado, mas ao comentar com a mãe do desânimo percebeu que ainda tinha paixão pela atividade e criou outras categorias de zumba.
Existem diversas classificações como o zumba gold, direcionado a pessoas que não praticam nenhuma atividade física, idosos ativos, pois tem baixo impacto. Existe ainda o zumba chair, categoria em que pessoas que usam cadeira de rodas podem participar.
O professor Fábio Amaro, bailarino e instrutor já ensina zumba desde abril de 2013, em São José dos Campos. Ele conta como foi seu primeiro contato com a modalidade. “No momento que precisava dar uma guinada, tinha parado de acompanhar bandas para fazer show. Sentia que faltava algo e ai descobri a zumba pela internet. Trabalhava em uma empresa governamental e decidi ir para Santos para fazer o curso”, contou.
Ele relembra que depois da formação combinou sua primeira aula, em que aproximadamente sessenta pessoas participaram. E cada vez mais alunos apareceram, atualmente ele ensina em dois locais.
“O diferencial entre a modalidade e uma academia é que na zumba existe alegria, festa. Você utiliza o peso do seu corpo, conhece pessoas, mas respeita seu ritmo. Você não vão se sentir inferior. Diferente das academias. Ele tira sujeira mental da cabeça”, classificou Fábio.
A modalidade do zumba chair não tem grandes diferenças das outras. Na aula o professor fica em cima de um palanque, utilizando uma cadeira de rodas. Ele faz os movimentos e os alunos repetem. O que é diferente são os ritmos usados. No zumba chair não é usado o reggaeton, mas são usados a rumba, a salsa e entram outros como o tango e a bossa nova.
“O zumba chair serve para ficar com postura dinâmica, não trabalha somente os músculos do abdômen, mas também a posterior. Nessa modalidade a pessoa perde de 200 a 350 calorias. Qualquer tipo de zumba que a pessoa faça, raramente volta para academia”. Segundo o bailarino, também são utilizados braços, tronco, e que pode ajudar para melhorar a postura de quem usa cadeira de rodas.
Fábio relembrou a experiência quando estava fazendo o curso que o capacitou para ensinar zumba chair. Ele e cinquenta pessoas tiveram que experimentar dançar com cadeira de rodas e olhos vendados. A professora só ia dizendo que movimento eles deveriam fazer e sempre chamava atenção que eles deveriam tentar não mexer as pernas.
“Você se torna mais humilde, vê a vida de uma outra maneira. Minha mãe é idosa, vira e mexe usa o banheiro, fiquei mais prestativo de ver se as calçadas estão acessíveis. Hoje reclamo, e tento lutar pelas pessoas que não tem tanta voz. Observo o comportamento que tenho no dia a dia”, afirmou.
Fábio Amaro ainda não tem nenhuma turma fechada de zumba chair em São José dos Campos. Mas, se tiver interessados podem o procurar para experimentar a modalidade adaptada. Ele também quer montar seu estúdio definitivo e ter horários para esta e outras modalidades.
Mais informações:
