Pesquisadores da Prefectural University of Japan, no Japão, descobriram um colírio inibidor de cinase que é capaz de estimular o crescimento do epitélio corneano em pacientes com distrofia de Fuchs. Essa é uma doença de caráter genético, que acomete a córnea e pode resultar em perda parcial da visão.
De acordo com a equipe responsável pelo estudo, a descoberta faz com que esse colírio possa ser a chave para um tratamento no futuro, como uma cirurgia minimamente invasiva para distrofia de Fuchs e outras formas de problemas de córnea.
A técnica foi testada em coelhos e macacos, e, depois, foram iniciados testes em oito pacientes com problemas de visão. Estes foram tratados com aplicações de colírio de 10 mmol/L de seis vezes por dia, durante sete dias.
Os resultados mostraram que os quatro pacientes com distrofia de Fuchs apresentaram cura da lesão da córnea e tiveram a acuidade visual restaurada. Três meses após o tratamento com o inibidor de cinase, a espessura corneana foi reduzida para de 700 células/mm² para 563 células/mm².
Para os pesquisadores, essa técnica representa uma esperança para pacientes que sofrem com problemas de visão. A equipe está, agora, em negociação com uma indústria farmacêutica japonesa para fabricação comercial do colírio.
O estudo foi apresentado na 117ª reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia, em Nova Orleans.
Fonte: American Academy of Ophthalmology (AAO) 2013 Annual Meeting
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