Felipe Formentin, de Santa Catarina, conquistou na tarde desta quinta-feira, 28, a segunda medalha de ouro de sua carreira nas Paralimpíadas Escolares. Com 17 anos, o mesa-tenista amputado da perna esquerda acredita que está tomando as decisões certas na vida e na carreira para seguir vencendo. Felipe venceu o conterrâneo Gustavo Laskosky na final das classes 6 e 7 por 3 sets a 1 em sua última participação no maior evento escolar paralímpico do mundo.
“Vencer aqui é bom sim. Foi em uma edição das Paralimpíadas Escolares que eu estreei em competições paralímpicas, no ano passado. Neste ano fui bicampeão e isso me deixa orgulhoso pela decisão que tomei ao escolher o tênis de mesa”, contou o atleta de Criciúma.
A decisão a que o atleta se refere é mais do que a escolha pela modalidade. Há dois anos, Felipe teve a perna amputada por escolha própria. Depois de passar dois anos tratando um câncer no fêmur, e se curar completamente, o atleta tomou uma decisão que deixou familiares, amigos e até o médico confusos: decidiu que o melhor era amputar o membro. “Já estava curado, tinha substituído meu osso por um sintético em uma cirurgia de sucesso. Mas estava cansado de precisar ir a São Paulo para tratar qualquer lesão que sofria”, contou.
Felipe, depois que retirou o fêmur para colocar a peça sintética, em 2009, continuou seu estilo ativo de vida. Andava de skate, jogava futebol, pedalava e praticava outros esportes. E como gostava de se arriscar, constantemente precisava viajar à capital paulista para tratar dos tombos, torções ou outras lesões que sofria. “Só o meu médico podia me tratar, então dava muito trabalho ir a São Paulo toda vez”, resumiu.
Em 2010, o jovem sofreu um acidente de carro e ficou muito tempo com a perna parada, sofrendo de uma atrofia nos músculos. E em mais uma viagem à capital paulista, surpreendeu o médico e a mãe no consultório com a decisão. “Pensei muito sem falar com ninguém. Quando entrei no consultório, falei o que queria. Minha mãe ficou chocada e o médico não quis fazer a princípio, mas os convenci que era o melhor para mim. Também tive que vencer meu próprio preconceito, mas acho que fiz o certo”, analisa Felipe.
Serviço:
Paralimpíadas Escolares
Data: 25 a 29 de novembro
Paralimpíadas Escolares
Data: 25 a 29 de novembro
Modalidades: Futebol de 5, futebol de 7, goalball, tênis em cadeira de rodas e natação
Local: Escola de Educação Física da Polícia Militar (Cruzeiro do Sul, 548, Canindé)
Local: Escola de Educação Física da Polícia Militar (Cruzeiro do Sul, 548, Canindé)
Modalidades: Bocha, judô, tênis de mesa e voleibol sentado
Local: Palácio das Convenções no Parque Anhembi (Prof. Milton Rodrigues, 100, Parque Anhembi)
Local: Palácio das Convenções no Parque Anhembi (Prof. Milton Rodrigues, 100, Parque Anhembi)
Modalidade: Atletismo
Local: Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera (Rua Manoel da Nóbrega, nº 1361; entrada pela Av. Marechal Estênio Albuquerque de Lima)
Local: Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera (Rua Manoel da Nóbrega, nº 1361; entrada pela Av. Marechal Estênio Albuquerque de Lima)
Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro nas Paralimpíadas Escolares
Em São Paulo
Daniel Brito (daniel.brito@cpb.org.br / 61 8188 0683)
Nádia Medeiros (nadia.medeiros@cpb.org.br)
Thiago Rizerio (thiago.rizerio@cpb.org.br )
Rafael Moura (rafael.moura@cpb.org.br / 61 8161 9271)
Em São Paulo
Daniel Brito (daniel.brito@cpb.org.br / 61 8188 0683)
Nádia Medeiros (nadia.medeiros@cpb.org.br)
Thiago Rizerio (thiago.rizerio@cpb.org.br )
Rafael Moura (rafael.moura@cpb.org.br / 61 8161 9271)