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Só 12% das ruas de Ribeirão Preto (SP) têm rampa para cadeirantes

A manicure Marta Neves Dias, 25, sente na pele o que é a falta de acessibilidade. Cadeirante, encontra uma rampa ainda no quarteirão de casa, no Jardim Iguatemi, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Mas só até virar a esquina. Depois, faltam rampas e sobram calçadas desniveladas, lixeiras e vasos. "Já caí muitas vezes na rua, indo para a escola, para a padaria." Como Marta constata na prática, apenas 12,6% das ruas de Ribeirão Preto contam com rampas para cadeirante. É o que revelou nesta sexta-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base em dados do Censo 2010. Silva Junior/Folhapress A manicure Marta Neves Dias, 25, que é cadeirante, em rua Albano José de Carvalho, no bairro Iguatemi, sem rampa Apesar de Ribeirão Preto estar acima da média nacional --apenas 4,7% das ruas possuem rampas--, municípios de maior porte já conseguiram avançar mais na acessibilidade. Porto Alegre, por exemplo, criou rampas em 23,3% das ruas. 

Como Marta, Sandro Franceschini, vice-presidente do Comppid, o conselho da pessoa com deficiência, diz que não há lugar em Ribeirão considerado modelo. "E, desses 12% de rampas, muitas estão mal cuidadas e fora do padrão", disse. Em nota, a prefeitura informou que há 3.500 rampas na cidade, que começaram a ser instaladas em 1996. Há exigência pelo município de que novos loteamentos e condomínios já criem rampas, assim como é feito com vias de obras públicas. Está aprovado pelo governo estadual, diz a nota, projeto para 1.300 rampas em todos os cruzamentos centrais. REGIÃO A situação, porém, é ainda pior na região. Em cinco cidades --Cássia dos Coqueiros, Santa Ernestina, Santa Lúcia, Taiaçú e Terra Roxa-- não há uma rampa sequer para cadeirantes. O melhor cenário na região é o de Motuca, cidade de 4.290 habitantes. Em seus cerca de 100 quarteirões, há rampas em 53,9% das ruas. Segundo o prefeito José Ricardo Fascineli (PT), o trabalho de criar rampas começou nas gestões passadas, há oito anos. Ainda assim, diz, muitas estão fora do padrão e, por isso, a atual administração tem corrigido falhas. 
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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