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Jailson da Silva: No Dia do Deficiente Físico ele tem a palavra


Jailson da Silva sofreu acidente de moto e ficou paraplérgico.

O dia 11 de outubro foi instituído no calendário do Ministério da Saúde como Dia do Deficiente Físico. Segundo Censo de 2010, aproximadamente 45.606.048 milhões de pessoas se declararam ter, pelo menos, uma das deficiências físicas, correspondendo a 23,9% da população brasileira.

Para falar sobre o assunto, conversamos com moradores de Camaçari, portadores das deficiências consideradas mais comuns: visual e motora, que falaram sobre principais dificuldades e expectativas sobre melhores condições de vida para o deficiente físico em Camaçari. 
Jailson Ferreira da Silva é morador da Gleba C, tem 45 anos e é casado. Em 21 de fevereiro de 1989 ele sofreu um acidente de trânsito, quando a moto que pilotava apresentou falha mecânica em uma rua sem saída. Como não conseguiu parar o veículo, Jailson bateu de frente com um poste. O acidente lhe deixou paraplégico, e, desde então, Jailson não conseguiu mais andar e passou a viver sobre uma cadeira de rodas.

Há três anos, Jailson atua como presidente da União dos Deficientes de Camaçari (UDEC), uma associação com mais de 250 membros inscritos, destes, 60 são cadeirantes.O vice presidente da UDEC é Elton Brito, que ficou tetraplégico após acidente em uma piscina.

Jailson conta que no início foi muito difícil aceitar sua condição e sempre fazia a si mesmo, a mesma pergunta: “Quando fiquei sabendo que não andaria mais, me revoltei e me perguntava por que isso estava acontecendo comigo. Tinha dificuldades de aceitar esta nova condição e pensei até em suicídio. Mas, com o apoio da família de dos verdadeiros amigos, me restabeleci e, hoje luto pela causa do deficiente físico que só quer uma Camaçari mais acessível”, comenta.

Segundo Jailson, as principais queixas dos deficientes são as calçadas seguidas de meio fio, onde muitas, no início te rampa, mas, quando o cadeirante chega do outro lado, não consegue passar, porque falta a rampa. “Quando não é a falta de rampas, tem os buracos nas calçadas que, por serem tão prejudicadas, forçam o cadeirante a andar no meio da pista, disputando espaço com carros, ônibus e motos. Corremos risco de sofrer novo acidente. E os ônibus sem acessibilidade é outro problema. As linhas que têm são insuficientes para cobrir todos os bairros. Tem cadeirantes espalhadas por toda cidade”, desabafa.

Sobre mercado de trabalho em Camaçari para o deficiente físico, Jailson avalia como “zero” em se tratando do cadeirante e explica: “A Lei Federal fala de cotas, mas, por não especificar o segmento, os cadeirantes são os mais prejudicados. Existe uma luta muito grande para mudar esta realidade em Camaçari. O cadeirante também tem direito de trabalhar e competência para isso. As oportunidades devem ser para todos”.
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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