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Uma nova caminhada

O agravamento do diabetes do advogado Raimundo Nonato Magalhães, de 56 anos, ocasionou a amputação de seu membro inferior direito em abril de 2008. Atividades que antes realizava com facilidade, como a utilização do transporte coletivo, tornaram-se obstáculos. O pior, de acordo com Magalhães, foi o tempo que passou sem exercer suas atividades profissionais. “As pessoas não se lembram de quem não aparece”, conta, referindo-se ao período em que não pôde freqüentar - por conta da internação e das agravações da amputação - a empresa de assessoria jurídica da qual é sócio.
Com a auto-estima e a vida profissional afetadas, Magalhães decidiu que o melhor a fazer era aceitar sua condição e buscar um tratamento que lhe permitisse explorá-la ao máximo. Foi assim que o advogado entrou no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em agosto de 2008, a fim de adquirir condições para utilizar uma prótese – aparelho ortopédico que substitui as funções de um segmento do corpo.
 “No início do meu tratamento confesso que não fui o melhor paciente”, descontrai Magalhães. Segundo ele, adaptar-se às sessões de fisioterapia exigiu, além de esforço, determinação. “Só consegui o estímulo necessário quando iniciei meu tratamento com a fisioterapeuta Auriane Coutinho. Ela me acompanhou desde abril deste ano. Além de me incentivar, cobrou empenho da minha parte. Devo meu progresso dentro do Ceir ao seu trabalho como profissional”, considera.
A fisioterapeuta Auriane Coutinho explica que o tratamento de Magalhães foi dividido em fase pré-protética e protética.  A primeira consistiu na preparação para que o paciente obtivesse condições de utilizar a prótese. “Ao longo dessa etapa foi realizada a preparação do coto, que consiste em enfaixá-lo com ataduras. Isso reduziu a dor e contribuiu para deixar o coto no formato cônico – necessário para o ajuste na prótese”, elucida Auriane.
Ainda na fase pré-protética, Magalhães deixou de usar a muleta axiliar e a substituiu por uma muleta canadense. A diferença, de acordo com Auriane, é que a primeira exige menos esforço do paciente e pode causar lesões. A muleta canadense, por sua vez, além de força física, exige mais equilíbrio, auxiliando no ganho de resistência – elementos fundamentais para o uso do aparelho ortopédico, cujo gasto energético é maior.
A fase pré-protética perdurou por aproximadamente cinco meses e terminou em setembro. Durante esse período, Magalhães melhorou o equilíbrio, ganhou força muscular e resistência, além do condicionamento cardiorrespiratório.
Fase protética
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Em 14 de dezembro, Magalhães finalmente recebeu a prótese para substituir sua perna direita. O aparelho foi obtido gratuitamente através da Oficina Ortopédica do Ceir, que distribui próteses, órteses, e aparelhos de auxílio à locomoção para pessoas do Piauí e outros Estados.
“A vontade de que esse momento finalmente chegasse era grande e muito esperada por mim. Não via a hora de deixar as muletas e caminhar como antes”, confessa Magalhães. Apesar de finalmente realizar seu desejo, o paciente do Ceir deparou com outro desafio: adaptar-se à prótese. “Os primeiros dias com o aparelho foram muito difíceis. Doía muito e eu achei que não suportaria”, conta.
A fase protética corresponde à adaptação do paciente à prótese. Auriane relata que dividiu essa etapa em dois momentos. O primeiro, treinamento estático, visou a trabalhar o alinhamento, a simetria e a auxiliar sobre como dar o passo com a prótese.
O segundo momento consistiu em treinos dinâmicos funcionais, como subida e descida de rampas e escadas, deambulação externa em terrenos irregulares e outros exercícios que melhorassem o padrão de marcha de Magalhães. A rigorosidade e por vezes exatidão dos exercícios foi alternada com atividades mais descontraídas, como jogos com bola. 
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Mesmo adaptado à prótese, Magalhães não pode se descuidar. A maior durabilidade de seu aparelho ortopédico depende de regras que devem ser seguidas à risca pelo paciente. Magalhães, por exemplo, tem que manter o seu peso, pois a prótese foi produzida de acordo com o mesmo. Qualquer ganho ou perda pode significar o comprometimento do aparelho.
A alta de Magalhães está prevista para a quinta-feira (12). Depois dessa data o paciente fica em orientação: trimestralmente deverá vir ao Ceir para a avaliação da prótese. Nestas ocasiões, a equipe de profissionais do Centro Integrado de Reabilitação também analisará se o paciente conserva a força ganha durante a fisioterapia.
Atualmente, Magalhães já usufrui dos ganhos obtidos com o tratamento no Ceir: recobrou sua rotina profissional e o ritmo de vida que tinha antes da amputação. “Só tenho agradecer pelo que ganhei através do Centro Integrado de Reabilitação, principalmente aos profissionais que fizeram parte dessa conquista”, finaliza. 
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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