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Paraplégico após acidente de carro, agente da Lei Seca de 21 anos salta de parapente: ‘Quero voar de todas as formas’

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O Facebook de Thiago Torquato está cheio de fotos com belas garotas, noitadas e encontros com os amigos. Mas há pouco mais de um ano, um novo personagem passou a aparecer nos registros: uma cadeira de rodas. O jovem de 21 anos sofreu um acidente de carro que o deixou paraplégico. Após três meses no hospital e outros três em depressão, Thiago voltou a levar uma vida normal. Trabalha como agente da Lei Seca, frequenta a autoescola e garante que hoje tem muito menos tempo para as noitadas.
“Eu me senti tão feliz por estar ali… É incrível”
No dia 7 de abril de 2012, Thiago saiu de casa com o pai de manhã. À noite, os dois já tinham bebido em todos os bares de Barra do Piraí, onde viviam, e decidiram ir a Valença de carro. Na volta, já de madrugada, sofreram um acidente em uma curva, a 170km/h. O pai de Thiago, que dirigia o veículo, morreu no acidente. As duas garotas que estavam no banco de trás não sofreram ferimentos graves. Ele ficou preso nas ferragens, sem sensibilidade nas pernas. A história, ele costuma repetir de forma até programada nas palestras e operações educativas da Lei Seca.
- Quando acordei no carro, não sentia mais nada do peito para baixo – relembrou Thiago – Mas a minha preocupação era o meu pai. Todo mundo disse que ele estava bem, mas naquele momento ele já estava morto. Ele morreu na hora. Só vim saber disso uma semana depois, no hospital. O movimento das pernas, eu já sabia que não tinha. Nem lembrei de perguntar se ia voltar a andar ou não. Só perguntei no segundo mês.
Ele e o pai viviam uma relação de idas e vindas. Thiago conta que os dois tinham o temperamento muito forte, e passaram anos sem falar. Quando voltaram, o jovem decidiu viver mais perto do pai e se mudou para Barra do Piraí, no Sul Fluminense, para um apartamento em frente ao dele.
- Me arrependo muito de não ter dito o quanto o amava sequer uma vez, do quanto o admirava como pessoa e como pai. Ele era o meu melhor amigo. Me arrependo de não ter dado um abraço bem forte, de não ter pedido a benção… – lamenta o jovem.
Depois do acidente, Thiago ficou em depressão e costumava beber muito nesse período. Não raro, ele misturava o álcool com remédios para dormir. Um dia, comentou com a fisioterapeuta que queria trabalhar, fazer alguma coisa, e ela sugeriu que ele se inscrevesse para uma vaga de agente da Lei Seca. Só depois de conseguir o emprego, Thiago deixou a bebida de lado.
- Nas palestras da Lei Seca, quando pediam que alguém dissesse três benefícios do álcool, todo mundo ficava calado. Quando pediam três malefícios, todo mundo começava a falar. Aí decidi parar de beber como eu bebia.
Hoje, Thiago trabalha na Lei Seca fazendo palestras em escolas, empresas e onde mais for requisitado. Ele também vai de bar em bar, contando a própria história e ouvindo as de outros cadeirantes que trabalham com ele.
- O trabalho na Lei Seca me ajudou bastante a superar a depressão e a morte do meu pai. A convivência com as pessoas nos bares também me ajudou muito. A gente conversa com pessoas diferentes, conversa com os outros cadeirantes… Cada um tem sua história de vida. E às vezes fico pensando que o meu problema é muito pequeno diante do problema dos outros – avaliou. – E percebi que o álcool não traz benefício nenhum.
Hoje, Thiago bebe moderadamente, vive com os avós e tios em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pratica a fisioterapia periodicamente e acredita que pode voltar a andar em algum momento. Ele já fica em pé com a ajuda de próteses, e não deixa de fazer nada por causa da cadeira.
- Eu não deixo a cadeira de rodas me colocar para baixo. Eu só sou deficiente na teoria, porque na prática eu sou uma pessoa normal.
Além de normal na teoria e na prática, Thiago é um rapaz cheio de planos para o futuro. Quer estudar engenharia civil, ser ator, pai e voar. Não entendeu? Há cerca de três meses, ele saltou de parapente da Pedra Bonita, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.
- Quando você chega lá em cima e vê aquela bela vista do alto do pico, te dá uma sensação de liberdade… Eu me senti tão feliz por estar ali… É incrível – contou ele. – Eu quero voar de todas as formas que houver.
Depois dessa primeira experiência, ele não quer saber de outra coisa, senão voar. Quer saltar de parapente, paraquedas, asa delta, qualquer coisa que o mantenha com os pés no ar. Thiago já está juntando uma graninha para o próximo salto, que pretende transformar em projeto. E considera bem-vindo qualquer patrocínio para a ideia que ganhou o título de “Thiago não anda, mas voa”.
Fonte: EXTRA
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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