Por Ana Lucia Santana |
A pedagoga Dorina de Gouvêa Nowill, sua fundadora, nasceu na cidade de São Paulo em 1919 e aos 17 anos perdeu a visão, por conta de uma enfermidade nos olhos. Mas a cegueira não a levou ao desfalecimento de seus propósitos; jovem brilhante, ela optou por prosseguir em sua educação; o problema é que, então, os cegos não tinham a oportunidade de acessar a cultura e o conhecimento, pois não existiam livros especialmente compostos para os deficientes visuais.
Esta carência fez com que Dorina e algumas amigas instituíssem a Fundação para o Livro do Cego no Brasil. A futura professora foi a primeira estudante com deficiência visual a ingressar em uma escola convencional na cidade de São Paulo. Seus esforços permitiram que a educação para pessoas cegas fosse finalmente transformada em uma tarefa governamental.
Em 1953, no estado de São Paulo, e em 1961, na capital do país, o direito do cego à educação foi garantido por regulamentação legal. De 1961 a 1973 Dorina geriu a primeira instituição de caráter nacional para cegos em solo brasileiro, estabelecido pelo Ministério da Educação, Cultura e Desportos.
A eminente pedagoga concretizou em todo o país projetos que introduziram por todas as partes préstimos dirigidos particularmente a pessoas com deficiência visual, e também campanhas que visavam prevenir a ocorrência da cegueira. Ela presidiu a Fundação Dorina Nowill para Cegos desde 1951 e, até sua morte, no dia 29 de agosto de 2010, aos 91 anos, figurou como Presidente Emérita e Vitalícia desta organização.
Fonte:
http://www.fundacaodorina.org.br/FDNC/dorina.html
http://www.fundacaodorina.org.br/FDNC/dorina.html
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Deficiente Visual