O projeto piloto da prefeitura quer facilitar deslocamento do metrô até a praia. A Rua Rodolfo Dantas terá adaptações para deficientes físicos e sensoriais.
Instalar sinais sonoros nos cruzamentos, proibir a ocupação das calçadas por mesas de bares e remanejar o mobiliário urbano. Essas são algumas medidas previstas pelo projeto da prefeitura “Copacabana Mobilidade”, que terá uma versão piloto na Rua Rodolfo Dantas, com a adaptação da via para a circulação de deficientes físicos, visuais e auditivos.
A intenção da Secretaria municipal da Pessoa com Deficiência é facilitar o deslocamento pela Rodolfo Dantas desde a saída da estação do metrô Cardeal Arcoverde até a água do mar na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
A rua modelo terá piso nivelado para o uso de cadeira de rodas. “As calçadas de pedras portuguesas, agora tão criticadas, serão mantidas, mas precisam estar uniformes para o cadeirante”, avalia a secretária Leda de Azevedo.
O projeto piloto, elaborado em conjunto pela Rio Urbe e pelo Instituto Pereira Passos, prevê, ainda, a instalação de rampas, sinalização especial e de um piso tátil – recurso voltado para os deficientes visuais que indica o caminho com saliências no piso. Os três sinais sonoros devem ser instalados nas esquinas da Rua Rodolfo Dantas com a Rua Barata Ribeiro, da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Avenida Atlântica.
O projeto "Copacabana Mobilidade" quer facilitar o deslocamento para deficientes do metrô até a praia (Foto: Aurelino Gonçalves/Prefeitura do Rio)
Removendo obstáculos
A retirada de equipamentos urbanos de áreas centrais das calçadas pretende ampliar a área de circulação e impedir colisões dos cadeirantes. Com isso, será criada uma “faixa de serviço”, que leva o mobiliário urbano para o trecho junto ao meio-fio.
A Secretaria informou que, em breve, a comunidade receberá orientações sobre as mudanças. O objetivo é tentar envolver a população no projeto.
“Algumas medidas podem não parecer simpáticas de início. Queremos mostrar que o benefício é para todos. A Rodolfo Dantas será a primeira rua modelo do Rio. Mas sabemos que donos de bares, por exemplo, podem se incomodar com as restrições ao uso da calçada. Os comerciantes só têm a ganhar com uma melhor circulação na via”, avaliou o assessor da Secretaria, Amarildo Gomes.
Para chegar ao mar, esteira de bambu
Para viabilizar a chegada de usuários de cadeira de rodas até a água do mar, a prefeitura encomendou ao escritório modelo de Arquitetura e Design da PUC-Rio dois protótipos de esteira, uma de plástico, outra de bambu.
O teste na praia, realizado pela prefeitura no dia 20 de setembro com deficientes físicos e mães com carrinho de bebê, apontou o bambu como a opção ideal. Além de não agredir o visual, a esteira de bambu se acomoda melhor na areia, avaliou a secretária. O protótipo foi desenvolvido pelo professor de design, José Luis Ripper.
“Essa iniciativa vai transformar a vida de muitas pessoas. No dia do teste da esteira, uma senhora de 60 anos comemorou ter chegado sozinha até a água do mar. Ela contou que é cadeirante desde criança e sempre precisou ser carregada para chegar à praia”, relatou a secretária.
O edital de licitação do projeto sairá na semana do dia 21 de outubro. A previsão da secretaria é de que as obras durem seis meses e impliquem em gastos de cerca de R$ 750 mil.
A Secretaria planeja expandir o projeto a outros pontos da cidade, mas decidiu começar por Copacabana, já que o bairro tem alta concentração de idosos, que costumam ter dificuldade de locomoção, e muitas ruas com problemas de circulação. Se a idéia da rua modelo se espalhar pelo bairro, Copacabana pode ficar ainda mais atraente para a terceira idade.
A esteira de bambu foi considerada melhor do que o modelo de plástico pelos deficientes (Foto: Angelita Valadão/Prefeitura do Rio)
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,...FICIENTES.html.
Instalar sinais sonoros nos cruzamentos, proibir a ocupação das calçadas por mesas de bares e remanejar o mobiliário urbano. Essas são algumas medidas previstas pelo projeto da prefeitura “Copacabana Mobilidade”, que terá uma versão piloto na Rua Rodolfo Dantas, com a adaptação da via para a circulação de deficientes físicos, visuais e auditivos.
A intenção da Secretaria municipal da Pessoa com Deficiência é facilitar o deslocamento pela Rodolfo Dantas desde a saída da estação do metrô Cardeal Arcoverde até a água do mar na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
A rua modelo terá piso nivelado para o uso de cadeira de rodas. “As calçadas de pedras portuguesas, agora tão criticadas, serão mantidas, mas precisam estar uniformes para o cadeirante”, avalia a secretária Leda de Azevedo.
O projeto piloto, elaborado em conjunto pela Rio Urbe e pelo Instituto Pereira Passos, prevê, ainda, a instalação de rampas, sinalização especial e de um piso tátil – recurso voltado para os deficientes visuais que indica o caminho com saliências no piso. Os três sinais sonoros devem ser instalados nas esquinas da Rua Rodolfo Dantas com a Rua Barata Ribeiro, da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Avenida Atlântica.
O projeto "Copacabana Mobilidade" quer facilitar o deslocamento para deficientes do metrô até a praia (Foto: Aurelino Gonçalves/Prefeitura do Rio)
Removendo obstáculos
A retirada de equipamentos urbanos de áreas centrais das calçadas pretende ampliar a área de circulação e impedir colisões dos cadeirantes. Com isso, será criada uma “faixa de serviço”, que leva o mobiliário urbano para o trecho junto ao meio-fio.
A Secretaria informou que, em breve, a comunidade receberá orientações sobre as mudanças. O objetivo é tentar envolver a população no projeto.
“Algumas medidas podem não parecer simpáticas de início. Queremos mostrar que o benefício é para todos. A Rodolfo Dantas será a primeira rua modelo do Rio. Mas sabemos que donos de bares, por exemplo, podem se incomodar com as restrições ao uso da calçada. Os comerciantes só têm a ganhar com uma melhor circulação na via”, avaliou o assessor da Secretaria, Amarildo Gomes.
Para chegar ao mar, esteira de bambu
Para viabilizar a chegada de usuários de cadeira de rodas até a água do mar, a prefeitura encomendou ao escritório modelo de Arquitetura e Design da PUC-Rio dois protótipos de esteira, uma de plástico, outra de bambu.
O teste na praia, realizado pela prefeitura no dia 20 de setembro com deficientes físicos e mães com carrinho de bebê, apontou o bambu como a opção ideal. Além de não agredir o visual, a esteira de bambu se acomoda melhor na areia, avaliou a secretária. O protótipo foi desenvolvido pelo professor de design, José Luis Ripper.
“Essa iniciativa vai transformar a vida de muitas pessoas. No dia do teste da esteira, uma senhora de 60 anos comemorou ter chegado sozinha até a água do mar. Ela contou que é cadeirante desde criança e sempre precisou ser carregada para chegar à praia”, relatou a secretária.
O edital de licitação do projeto sairá na semana do dia 21 de outubro. A previsão da secretaria é de que as obras durem seis meses e impliquem em gastos de cerca de R$ 750 mil.
A Secretaria planeja expandir o projeto a outros pontos da cidade, mas decidiu começar por Copacabana, já que o bairro tem alta concentração de idosos, que costumam ter dificuldade de locomoção, e muitas ruas com problemas de circulação. Se a idéia da rua modelo se espalhar pelo bairro, Copacabana pode ficar ainda mais atraente para a terceira idade.
A esteira de bambu foi considerada melhor do que o modelo de plástico pelos deficientes (Foto: Angelita Valadão/Prefeitura do Rio)
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,...FICIENTES.html.