Homem tem marcenaria na rua T-15, segundo distrito de Ji-Paraná, RO.
Via tem situação complicada e necessita de alto investimento, diz secretário.
No período chuvoso diversas ruas em Ji-Paraná (RO), a 374 quilômetros da capital Porto Velho, ficam com condições precárias. O marceneiro Jair Cardoso Filho mora há quase 30 anos na rua T-15, segundo distrito do município, onde, segundo ele, a situação se repete ano após ano. Além da residência, o morador também tem uma marcenaria na mesma via. Cardoso é portador de deficiência física nos membros inferiores e para conseguir chegar ao trabalho, distante cerca de 30 metros da residência onde mora, é obrigado a usar o carro.
Para caminhar, Jair é auxiliado por muletas, a casa e comércio ficam praticamente de frente uma da outra, mas mesmo assim ele é obrigado a utilizar o veículo todos os dias para ir para o trabalho. "Eu preciso vir de carro. Desço um pouquinho a rua e faço a curva. Se eu passar pelos buracos caminhando, eu vou cair neles", comenta Cardoso.
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O morador conta que vive o mesmo drama há muito tempo."Todos os anos é a mesma situação, ou até mesmo pior. Neste ano, antes de começar a chuvas, eles vieram e jogaram umas pedras e amenizou um pouco", fala. Jair afirma que já procurou autoridades para solucionar o problema, mas não foi atendido.
Além das dificuldades para a locomoção, os buracos também dão prejuízos ao comércio. Conforme o marceneiro, para levar madeira ou retirar os móveis produzidos é sempre complicado, pois a dificuldade para chegar ao local com veículos é grande. "Um caminhão veio aqui para retirar móveis e trazer madeira e foi preciso uma pá carregadeira descarregar. É difícil, mas nem por isso a gente pode desanimar", diz Filho.
De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Pedro Sobrinho, cerca de 300 quilômetros de ruas no município não estão pavimentadas e a situação de ruas, como a T-15, são casos mais complicado de se solucionar. "Em locais mais baixos, como é o caso, é necessário fazer drenagem e movimentação de terra. A prefeitura nem sempre tem recurso e o convênio nem sempre condiz com a nossa necessidade", justifica.
O secretário alega que ainda não há previsão para arrumar a rua em que mora Jair. "O ideal seria pegar um trecho e resolver ele, mas às vezes eu não tenho dinheiro para fazer, então fazemos uma obra paliativa", finaliza Sobrinho.