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Independência , sem emoção , nem sorte .

 Um viva para o Estatuto da Pessoa com Deficiência !


 Amigos de luta, temos motivos de sobra para nos indignarmos. A vontade de mudar, melhorar as nossas vidas , brigarmos por melhores condições de acessibilidade , dá ao sentimento de revolta uma legitimidade. As conquistas derivadas da luta pela inclusão no país têm aparecido. Aos poucos, a acessibilidade vem ganhando um contorno na pauta da política nacional. No último dia 05 /03, a Câmara dos Deputados aprovou o Estatuto Brasileiro de Inclusão das Pessoas com Deficiência.

  Estamos diante de um passo considerável, um gol de placa marcado a nosso favor. Porque quando o Direito oficializa um Estatuto, estipula no formato da lei as condutas com as quais os agentes públicos irão criar políticas públicas específicas, ministradas de acordo com as nossas demandas. Porque a partir de um Estatuto teremos uma base para as futuras cobranças a serem feitas.

  O texto do Estatuto determina, por exemplo, que 3% das casas construídas pelos programas de habitação do governo sejam destinadas às pessoas com deficiência. Ou seja, o ‘’ Minha Casa ,Minha Vida’’ agora terá que abrigar espaço para as nossa rodas , também .Ainda consta do Estatuto uma previsão de auxílio-reclusão às pessoas com deficiência grave ou moderada .

  Devemos a Deputada Federal Mara Gabrilli , do PSDB –SP , um sincero apreço pelo brilhante trabalho ao escrever  , formular o texto do Estatuto . Temos também , de aplaudir os esforços do Senador Romário Faria, do PSB-RJ , responsável pela tramitação do Estatuto junto ao Senado .Porém , a estrada apenas  acabou de ser  liberada . Nós precisamos pavimentar os futuros passos dessa caminhada com cuidado, assumirmos cada vez mais a função de fiscalizar , requerer mais eficácia dos órgãos públicos no cumprimento de assuntos circunstanciais à nossa causa .

  Talvez, demore um pouco até que as intenções elaboradas nesse texto adquiram um aspecto de mudança real. Talvez ainda custe até que a normas estabelecidas para nos atender sejam capazes de assumir uma função reorganizadora na nossa vida . Se pensarmos nas ruas a serem pavimentadas , nos buracos das calçadas , a ideia do Estatuto não atina para tantas festividades . Mas ,não custa lembrar que toda e qualquer mudança significativa na vida de um país, obrigatoriamente passa pelo reconhecimento legal do Estado. Portanto, mãos à obra, sempre teremos muito trabalho para fazer valer nossa cidadania de forma plena . 

 Rumemos adiante , fortes , porque precisamos conseguir a nossa independência , termos o direito de atravessar as ruas sem estarmos sujeitos à grandes emoções, e nem contarmos com a sorte para nos equilibrarmos nas calçadas . O Estatuto da Pessoa com Deficiência reafirma a acessibilidade como o rumo de um caminho inevitável . Brindemos a isso , e sigamos juntos na luta pela acessibilidade .

Um abraço para todos ,

André Nóbrega.

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