‘Filhos são criados para o mundo’, diz pai de sambista com síndrome de Down
Na concentração dos desfiles das escolas de samba que passam pela Marquês de Sapucaí na noite desta segunda-feira (16), o jovem Daniel Manfredini, conhecido como Dandan do samba, chama a atenção. O jovem de 22 anos, com Síndrome de Down, circula com naturalidade entre os músicos e outros integrantes das escolas de samba.
A intimidade com o mundo do carnaval vem de berço. Dandan é filho de Josemar, um dos compositores do samba deste ano da Unidos da Tijuca, que vem este ano com enredo sobre o olhar “suíço” de Clóvis Bornay.
“Eu comecei na Caprichosos em 2006, depois fui para o Salgueiro, onde fiquei quatro anos, e estamos há quatro anos na Tijuca”, conta Dandan, que toca tamborim e atualmente é intérprete da Tijuquinha do Borel, a escola de samba mirim da Unidos da Tijuca.
Orgulhoso, Josemar conta que a desenvoltura do jovem se deve à criação que ele teve em casa. “Eu encontro várias pessoas que o veem e dizem que tem um filho, sobrinho ou parente assim, mas que não se relacionam com as pessoas como ele. Aí eu pergunto onde eles estão e eles dizem que é em casa. Mas os filhos tem que ser criados para o mundo. O preconceito começa dentro de casa”.
Emocionado, o pai conta ainda que, quando nasceu, os médicos afirmaram que Dandan não falaria, andaria e teria uma vida curta. “Quando eu ouvi isso, eu fiz uma promessa para mim mesmo. Mesmo que ele tivesse uma vida curta, teria uma vida que vale a pena”.
E contrariando os médicos, Dandan segue fazendo sucesso no samba e fazendo valer a pena há 22 anos.
E contrariando os médicos, Dandan segue fazendo sucesso no samba e fazendo valer a pena há 22 anos.
Fonte: G1
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Síndrome de Down