RIO — A pressa do cotidiano e o trânsito da cidade, intenso muito além dos horários de rush, fazem o motorista mais apressado apelar para o uso da buzina, mas a atitude pode passar despercebida pelos motoristas surdos, que têm seus veículos identificados com um discreto adesivo azul com uma orelha branca. Desde 1998, eles podem tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e dispõem de condições facilitadas para obtê-la, como a isenção do pagamento das taxas de exame médico e Duda.
De acordo com os instrutores, a busca dos surdos pela CNH é crescente. Para atender a essa demanda, as autoescolas da cidade têm montado turmas específicas para deficientes auditivos. Localizada na Penha, a Autoescola Dirija tem uma turma específica para eles. Ao todo, são 15 alunos, que se reúnem duas vezes por semana e contam com uma metodologia própria da empresa, com utilização de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Eles percebem o ronco do motor pelas vibrações que ele emite, e acompanham as indicações dos guardas de trânsito pelos gestual que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é obrigatório, como destaca Rafael Conceição, um dos sócios da autoescola:
— Os surdos podem dirigir qualquer tipo de veículo, sem adaptação, e estão amparados pelo CTB. Eles são mais atentos no uso do retrovisor e são mais aplicados durante o curso. Para eles, a busca pela CNH é motivo de felicidade e orgulho.
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