Experiência é o que não falta! Ele garante ter levado mais de 100 mulheres para a cama.
Jornal O Dia.
Rio – Deficiente visual, Júlio Rasek, 40 anos, é formado em marketing, massagista e craque na dança de salão. Mas ele tem um sonho que nada tem a ver com essas três especialidades e vai fazer de tudo para realizá-lo: ser o primeiro ator pornô cego do Brasil. E experiência no vuco-vuco é o que não falta. Pelas suas contas, Razek já levou mais de 100 mulheres para a cama.
“O importante é saber como fazer, e eu sei muito bem. O homem tem que saber estimular o seu brinquedo de armar”, diz Júlio, que garante ser bem-dotado, como exige a indústria pornô.
Nascido na Cidade de Deus com apenas 10% da visão – enxergava só vultos -, Rasek ficou completamente cego no dia 13 de outubro de 2005 por causa de um descolamento da retina. Da depressão que chegou a abatê-lo no início, não sobrou vestígio algum.
“Minha vida melhorou depois que fiquei cego, hoje tenho mais mulheres”, revela o candidato a ator pornô, que admite já ter falhado duas vezes na hora H, mas promete não decepcionar quando o diretor gritar ‘gravando’. “Vou fazer parecer real todas as vezes, e em todas vou fazer com vontade. Meu pai é austríaco e minha mãe, africana, tenho um tempero diferente no sangue”.
Razek está animado em abrir um novo campo de trabalho para os cegos e jura que não vai se abalar com as críticas: “O novo assusta, mas não tenho dúvida de que farei sucesso. A empresa que me contratar vai vender muitos filmes”. Já para os homens que não estão tendo muito sucesso com a mulherada, ele dá uma dica importante: “O sexo começa logo no primeiro beijo”.
Com ele, já rolou vuco-vuco no avião e no ônibus.
Se existem cegos que não gostam de receber ajuda para atravessar a rua ou pegar condução, esse não é o caso de Júlio Razek. “Conheci mulheres diversas vezes recebendo ajuda na rua”, diz o galanteador, que já trocou telefones com moças que deram uma mãozinha a ele no metrô e no ônibus.
Romântico, o aspirante a galã pornô perdeu a virgindade aos 13 anos e desde então teve diversas relações sexuais marcantes. “Todas foram especiais, mas lembro bem de quando fiquei com uma aeromoça no banheiro do avião”, revela Júlio, garantindo ter realizado sua grande fantasia.
Outro momento inesquecível para ele foi em uma viagem para a Região dos Lagos, onde o ônibus foi cenário de mais uma aventura sexual. Para Razek, vale tudo na hora do amor, menos brincar com a bengala. “Ela fica encostadinha na parede vendo tudo, mas não entra na brincadeira”, diverte-se.