A cidade do Rio de Janeiro acaba de ganhar mais duas salas de cinema digitais inteiramente acessíveis a pessoas com deficiência: o Cine Carioca Nova Brasília, localizado no Complexo do Alemão, e o Cine Joia Copacabana, na zona sul. A conquista foi possível graças ao programa Cinema Acessível RioFilme por meio do qual estes equipamentos culturais recebem financiamento para adotar tecnologias que possibilitem a inclusão no audiovisual. Trata-se de iniciativa pioneira como política pública nesta área no país.
Em outubro, durante a 2ª Mostra Cine Literário, o PontoCine, que se situa no bairro de Guadalupe, foi o primeiro complexo do município a ser equipado com recursos de acessibilidade. Nos três casos citados, a tecnologia escolhida foi o WhatsCine – plataforma de interatividade e acessibilidade que permite disponibilizar audiodescrição, legenda e janela de Língua Brasileira de Sinais a smartphones e tablets Apple e Android.
Em 11 de dezembro, o Cine Joia exibirá seu primeiro filme com acessibilidade transmitida via WhatsCine. O longa escolhido foi Praia do Futuro, do diretor Karim Aïnouz, o qual conta com conteúdo acessível desenvolvido pela Mais Diferenças. O CineCarioca está montando sua programação inclusiva, que será comunicada oportunamente.
"Esperamos que essa iniciativa, pioneira no Rio, sirva de exemplo a outros estados e que as produtoras e distribuidoras de filmes invistam no desenvolvimento de conteúdo acessível. Desta forma, conseguiremos incluir um público ausente hoje nos cinemas e garantir o direito de acesso à cultura para esta parcela da população”, afirma Pedro Berti, gerente do WhastCine Brasil.
Como funciona – Durante as sessões de cinema, o público com e sem deficiência acessa os recursos de acessibilidade que estiverem disponíveis por meio do aplicativo WhatsCine. Basta fazer o download a partir das lojas virtuais do Google ou da Apple, instalar o app e seguir as orientações. É necessário acessar a rede WiFi do WhatsCine da sala de cinema, escolher o recurso de sua preferência e clicar o botão de “sincronizar”. Pronto! Legendas ou a imagem de um intérprete de LIBRAS surgem nas telas dos equipamentos móveis, enquanto a audiodescrição é transmitida por fones de ouvidos. Desta forma, as pessoas com deficiência auditiva têm acesso a informações sobre os diálogos, sons ambientes e trilha sonora dos filmes, ao passo que o público com deficiência visual pode ouvir a descrição das cenas em que não há diálogo.
Meta – A meta do projeto Cinema Acessível RioFilme é promover a instalação de recursos de acessibilidade em dez diferentes complexos do município do Rio de Janeiro.
FONTE= portalassistivaitsbrasil
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