Noticias como essa me entristecem e colocam a pensar como o nosso país trata as pessoas com deficiência e, realmente as pessoas que estão na linha da miséria. Gostaria de deixar bem claro que não estou aqui para dizer que o governo de A ou B é certo ou seria melhor, porque acho que todos estão caminhando na contra mão da evolução e isso não vai mudar enquanto a consciência da sociedade não mudar.
Olha que tudo aconteceu e eles foram embora da delegacia, sendo que ele vai responder em liberdade. Mas pera, se ele é morador de rua, como o oficial de justiça vai encontra-lo? Porque não foram encaminhados para um assistente social? É um descaso total das autoridades.
Vejam o que aconteceu:
Dois cadeirantes foram parar na delegacia do Jardins, área nobre da capital paulista, na manhã deste domingo (26), depois de brigarem por causa do ponto de um semáforo onde pedem dinheiro aos motoristas.
O deficiente físico Wagner Santos de Almeida, de 36 anos, bateu e mordeu a também deficiente Juliane Oliveira Silvestre, de 33. Os dois, que não têm qualquer relacionamento entre eles, se consideram concorrentes.
As agressões só terminaram quando quatro rapazes que passavam na esquina da Alameda Ministro Rocha Azevedo com a Avenida Paulista retiraram Wagner de cima de Juliane.
“Ele tinha prendido a cadeira dele na dela e ficou dando murros e mordidas na mulher”, disse o estudante Rodrigo Tannus de Queiroz, 20, ao G1.
Agressor e vítima também conversaram com a equipe de reportagem enquanto aguardavam a vez para darem suas versões no 78º Distrito Policial. Os dois confirmaram a briga.
“Agredi por que ela me chamou de ‘viado’ e queria tirar de mim o ponto onde trabalho há oito anos pedindo dinheiro no farol [semáforo]”, falou o cadeirante Wagner, que também é morador de rua.
“Eu brigo com qualquer um que quiser disputar uma briga comigo sentado em outra cadeira de rodas, é só vir para apanhar”, disse Wagner.
“Eu brigo com qualquer um que quiser disputar uma briga comigo sentado em outra cadeira de rodas, é só vir para apanhar”, disse Wagner.
As marcas dos dentes de Wagner ainda estavam na mão esquerda de Juliane. “Dói muito. Esse homem é louco e agressivo, brigou comigo por causa do ponto do farol”, disse a mulher.
“Ele acha que é o dono do ponto. Eu fui lá logo de manhazinha porque achei que ele estava dormindo, mas o safado ficou acordado me esperando”, completou Juliane.
“Ele acha que é o dono do ponto. Eu fui lá logo de manhazinha porque achei que ele estava dormindo, mas o safado ficou acordado me esperando”, completou Juliane.
Wagner e Juliane sobrevivem graças ao dinheiro que recebem dos motoristas. Dizem arrecadar quase R$ 700 mensais.
Segundo policiais civis do 78º DP, o caso foi registrado como lesão corporal e Wagner vai responder ao crime em liberdade. “Eu queria é que ele respondesse pela Lei Maria da Penha”, disse Juliane. “Ele saiu rindo pela porta da frente da delegacia”, disse.
Fonte - G1