Projeto “Teatro para Sentir” começa nesta sexta (26), no Teatro Vila Velha.
Até outubro, projeto irá contar com audiodescrição e tradução em libras.
Até outubro, projeto irá contar com audiodescrição e tradução em libras.
O Teatro Vila Velha, em Salvador, começa a exibir a partir desta sexta-feira (26) uma série de três espetáculos acessíveis para pessoas cegas, surdas e mudas. Elaborado pelo Coletivo Diveersa, que desenvolve trabalhos na área de diversidade cultural, o projeto conta ao todo com 10 apresentações de duas montagens adultas e uma infantil, que irão contar com recursos de audiodescrição e tradução em libras (linguagem brasileira de sinais).
Por meio do projeto “Teatro para Sentir”, os espetáculos marcam três datas do mês de setembro que destacam a luta de direitos para pessoas com deficiência: Dia Nacional do Teatro Acessível (19), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e Dia Nacional dos Surdos (26). As exibições, que vão até o 19 de outubro, ainda contempla o Dia das Crianças.
As peças contempladas com o selo de acessibilidade do “Teatro Para Sentir” são: “Relato de uma Guerra que (não) Acabou”, remontagem de 2002 do Bando de Teatro Olodum; “A Mulher como Campo de Batalha’, texto do romeno Matéi Visniec dirigido por Marcio Meirelles, e “Bonde dos Ratinhos”, infantil escrito pelo baiano Isac Tufi com direção de Zeca de Abreu.
De acordo com os produtores, em todas as apresentações estarão disponíveis os recursos técnicos de acessibilidade: fones de ouvido para transmissão da audiodescrição dos elementos visuais, que é feita ao vivo, e intérprete de libras, que fará a tradução simultânea das falas e informações sonoras por meio da linguagem de sinais.
Meia hora antes do início dos espetáculos, o projeto ainda oferece visitas para quem tiver interesse em conhecer de perto o palco, o cenário e até personagens. Quem não tiver a deficiência, mas quiser fazer a vivência sensorial, poderá fazer a visita de olhos vendados.
Elaborado pelo Coletivo Diveersa, que desenvolve projetos na área de diversidade cultural, o “Teatro Para Sentir” conta com a parceria do Teatro Vila Velha e tem apoio financeiro do Fundo de Cultura, aprovado pelo Edital de Projetos Estratégicos da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia deste ano.
Conheça os espetáculos realizados no Teatro Vila Velha:
Relato de uma guerra que (não) acabou – Bando de Teatro Olodum.
A montagem, que estreou originalmente no ano de 2002, é baseada em vivências de violência no cotidiano de moradores da periferia da capital baiana durante a semana de greve das polícias da Bahia ocorrida naquela época, além de situações ainda presentes no dia a dia da população. Também foram incorporados episódios das paralisações mais recentes. O espetáculo encerra a II Oficina de Performance Negra do Bando de Teatro Olodum, edição 2014. | Dias 26, 27 e 28 de setembro – às 20h.
Texto: Márcio Meirelles e atores do Bando de Teatro Olodum.
Classificação indicativa: 14 anos.
Classificação indicativa: 14 anos.
A Mulher como campo de batalha – Universidade Livre de Teatro Vila Velha.
Duas mulheres se encontram depois de conflito na Bósnia. Uma médica norte-americana e uma mulher violentada tentam contar suas histórias uma para a outra e encontrar forças para continuar suas trajetórias. Retratos de mulheres arrasadas, feridas, que tentam reconstruir um equilíbrio. | Dias 07, 08 e 09 de outubro – às 20h.
Texto: Matéi Visniec.
Direção: Marcio Meirelles.
Classificação indicativa: 14 anos.
Direção: Marcio Meirelles.
Classificação indicativa: 14 anos.
Bonde dos Ratinhos – Universidade Livre de Teatro Vila Velha.
Três ratinhos em busca de diversão decidem ir ao shopping. O que a princípio parecia um simples passeio se transforma numa grande aventura. Logo de cara, Rói-Rói, Ratrícia e Xis são barrados por ratos-seguranças, que avisam que shopping não é lugar para ratos. No caminho de volta pra casa, os três acabam se perdendo e parando num laboratório, onde conhecem Dezenove e Dezessete, ratinhos utilizados em testes feitos pelos humanos. A partir daí, a missão do trio passa a ser libertar as dezenas de ratinhos presos no laboratório.| Dias 11, 12, 18 e 19 de outubro – sábados, às 16h, e domingos, às 11h.
Texto: Isac Tufi.
Direção: Zeca de Abreu.
Classificação indicativa: livre.
Direção: Zeca de Abreu.
Classificação indicativa: livre.
Fonte: G1 Bahia
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