Febre, dor de cabeça e nas articulações são alguns dos principais sintomas do chikungunya, de acordo com o infectologista e coordenador do Ambulatório de Medicina do Viajante do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, Jessé Reis Alves. O Brasil já tem pelo menos 53 casos registrados na doença, sendo que 16 deles foram transmitidos dentro dele e 37 foram importados. Na Bahia ― estado mais afetado pelo vírus ―, cerca de 300 pessoas aguardam os resultados dos exames para saber se têm a doença.
Com os sintomas muito similares aos da dengue, o infectologista afirma que o diagnóstico clínico do chikungunya é muito difícil de ser feito.
― Dor de cabeça e no corpo, febre e erupções cutâneas geralmente são os primeiros sintomas do chikungunya e também os da dengue. Um dos únicos sintomas que podem ajudar a diagnosticar a doença são as dores muito fortes nas articulações, que podem ocasionar até um inchaço no local.
Segundo o especialista, a confirmação da doença ― que também é transmitida pelo mosquito que transmite a dengue, o Aedes Aegypti ― só pode ser feita por meio de exames laboratoriais. Com sintomas similares aos da dengue, os pacientes geralmente não apresentam sintomas clínicos que diferenciem as condições.
Originário da África, o vírus causa sintomas de curta duração. De acordo com o especialista, em média, quando diagnosticados e tratados corretamente, os sintomas tendem a desaparecer dentro de sete a dez dias.
― Como ainda não temos remédio para o vírus, o tratamento é baseado em amenizar os sintomas. Medicados corretamente, eles devem desaparecer em até dez dias, mas existem casos especiais que podem se arrastar por semanas.
Dicas para o viajante
Região mais afetada pelo chikungunya com mais de 30 mil infectados, segundo informações do NYDailyNews, as Ilhas do Caribe estão entre os principais destinos do brasileiro no período de férias. Por isso, Alves destaca que é fundamental tomar alguns cuidados para evitar contrair o vírus durante a viagem.
― A única forma de prevenção é tentar evitar a picada. Por isso, se for viajar para um dos locais que estão com surto da doença, como o Caribe, procure sempre usar repelentes, roupas que cubram boa parte do corpo e prefira dormir em locais que tenham mosquiteiros e ar-condicionado.
Segundo o coordenador do Ambulatório de Medicina do Viajante do Emílio Ribas, no site da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) estão disponibilizadas informações sobre quais vacinas, medicamentos e precauções o viajante deve tomar ao visitar seu país de destino.
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