O ator Paulo José, de 77 anos e uma das figuras mais relevantes do panorama cinematográfico brasileiro nas últimas décadas, garante que não pensa ainda em sair de cena, apesar do mal de Parkinson que sofre desde 1992.
O artista, em entrevista à Agência Efe dada depois de ter sido homenageado no 21º Festival de Cinema de Vitoria, que termina hoje, afirma que suas duas maiores "paixões" sempre foram "o cinema e o teatro", apesar de ter trabalhado muito também para a televisão.
"São os dois gêneros que eu mais gosto. Nunca tive preconceito com a televisão por ser um produto de massa. Trabalhei muito nela, mas o cinema e o teatro têm algo que falta à televisão", assegura Paulo José.
Por conta do irreversível avanço do Parkinson, suas capacidades de fala também se viram reduzidas. Isso, contudo, não representa um impedimento para ele continuar ligado ao mundo do audiovisual. Este ano, inclusive, fez parte do elenco da novela "Em família", na qual interpretou um homem que sofre desta doença degenerativa.
Mesmo com as funções motoras também limitadas pela doença, sua capacidade intelectual não foi afetada e isso ele demonstra falando espanhol com grande fluência. O idioma ele aprendeu com a mãe, espanhola nascida na cidade de Santander.
Paulo José começou a ganhar reconhecimento do público e da crítica em 1969, após sua atuação no filme "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade.
"O início sempre é difícil e, naquela época, havia muita intransigência", lembra ele em referência à produção cinematográfica durante o regime militar instaurado cinco anos antes da estreia do filme.
Como parte da homenagem ao ator, "Macunaíma" foi o último filme exibido no Festival de Cinema de Vitoria. Paulo José lembra que conseguir financiamento para a produção foi uma odisseia.
"Fomos a todas as distribuidoras para negociar o filme. Na época, diziam que as pessoas não entenderiam e que não estavam interessados em produzi-la", conta.
O artista destaca "Macunaíma" e "Todas as mulheres do mundo", filme de 1966 dirigido por Domingos de Oliveira, como os dois dos quais se sente "mais orgulhoso".
Ao longo de seus 53 anos de carreira, Paulo José Gomez de Sousa atuou em 43 filmes e 18 obras de teatro, dirigiu 25 peças e trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro, como Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade.
"Trabalhar com eles foi genial. Foi uma grande experiência", ressalta.
Na segunda-feira passada, quase 500 pessoas ficaram de pé no teatro Carlos Gomes de Vitoria para receber com uma longa salva de palmas e da forma que merece um dos atores mais relevantes do país. Depois disso, ele garante: "Estou muito feliz pelo carinho".
O artista, em entrevista à Agência Efe dada depois de ter sido homenageado no 21º Festival de Cinema de Vitoria, que termina hoje, afirma que suas duas maiores "paixões" sempre foram "o cinema e o teatro", apesar de ter trabalhado muito também para a televisão.
"São os dois gêneros que eu mais gosto. Nunca tive preconceito com a televisão por ser um produto de massa. Trabalhei muito nela, mas o cinema e o teatro têm algo que falta à televisão", assegura Paulo José.
Por conta do irreversível avanço do Parkinson, suas capacidades de fala também se viram reduzidas. Isso, contudo, não representa um impedimento para ele continuar ligado ao mundo do audiovisual. Este ano, inclusive, fez parte do elenco da novela "Em família", na qual interpretou um homem que sofre desta doença degenerativa.
Mesmo com as funções motoras também limitadas pela doença, sua capacidade intelectual não foi afetada e isso ele demonstra falando espanhol com grande fluência. O idioma ele aprendeu com a mãe, espanhola nascida na cidade de Santander.
Paulo José começou a ganhar reconhecimento do público e da crítica em 1969, após sua atuação no filme "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade.
"O início sempre é difícil e, naquela época, havia muita intransigência", lembra ele em referência à produção cinematográfica durante o regime militar instaurado cinco anos antes da estreia do filme.
Como parte da homenagem ao ator, "Macunaíma" foi o último filme exibido no Festival de Cinema de Vitoria. Paulo José lembra que conseguir financiamento para a produção foi uma odisseia.
"Fomos a todas as distribuidoras para negociar o filme. Na época, diziam que as pessoas não entenderiam e que não estavam interessados em produzi-la", conta.
O artista destaca "Macunaíma" e "Todas as mulheres do mundo", filme de 1966 dirigido por Domingos de Oliveira, como os dois dos quais se sente "mais orgulhoso".
Ao longo de seus 53 anos de carreira, Paulo José Gomez de Sousa atuou em 43 filmes e 18 obras de teatro, dirigiu 25 peças e trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro, como Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade.
"Trabalhar com eles foi genial. Foi uma grande experiência", ressalta.
Na segunda-feira passada, quase 500 pessoas ficaram de pé no teatro Carlos Gomes de Vitoria para receber com uma longa salva de palmas e da forma que merece um dos atores mais relevantes do país. Depois disso, ele garante: "Estou muito feliz pelo carinho".
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Parkinson