As estatinas, medicamentos usados para tratamento das taxas elevadas de colesterol, parecem ser capazes de melhorar a função erétil em um grau clinicamente significativo de pacientes, de acordo com um novo estudo. Através da avaliação dos resultados de 11 ensaios clínicos randomizados, o ganho médio no escore subjetivo no Inventário Internacional de Função Erétil ( IIEF ) foi de 3,4 pontos, ao ser comparado com medicamentos placebo.
A pesquisa, conduzida pelo Dr. John Kostis, da Rutgers Robert Wood Johnson Medical School, em New Brunswick , Nova Jersey, foi apresentada no congresso do American College of Cardiology, realizado em Washington, nos Estados Unidos, na semana passada.
Kostis advertiu que o número de pacientes avaliados não foi grande, com um total de apenas 647 pacientes em todo 11 ensaios clínicos randomizados (uma média de 53 por estudo) , e combinou uma variedade de estatinas e durações de tratamento (em média 3 meses) .
A função erétil foi o objetivo primário em todos os ensaios, mas nem todos os estudos tiveram as medidas mais objetivas disponíveis para realizar a meta-análise. Mas o efeito das estatinas permaneceu estatisticamente significativo através de análises de sensibilidade. Mas o pesquisador recomenda contra o uso de estatinas para efeitos de saúde sexual em homens sem a taxa de colesterol elevada.
Ao longo dos anos tornou-se evidente que a disfunção erétil é uma indicação da saúde vascular diminuída nos homens, e é considerada por muitos como um fator de risco cardiovascular significativo.
Um grande estudo que está em andamento poderá esclarecer esta questão de uma vez por todas em futuro próximo, o Dr. Kostis observou.
Fonte: American College of Cardiology