A recuperação é longa e os médicos ainda não conseguem precisar o quão longe Lais Souza poderá chegar depois do acidente que colocou a vida da ginasta em risco. Mas a evolução apresentada pouco mais de um mês do ocorrido anima a equipe que trata da brasileira em Miami. Lais já passeia de cadeira de rodas elétrica pelos jardins do hospital Jackson Memorial e é ela mesma quem a controla, de acordo com o que suas limitações permitem.
Em entrevista por e-mail ao UOL Esporte, o médico do COB Antonio Marttos Jr, que acompanha o caso, deu novos detalhes da recuperação. Lais atualmente consegue movimentar até a região peitoral. Abaixo disso, há avanços na parte sensitiva e, como a região lesionada ainda tem edema, os médicos aguardam para saber quanto mais ela poderá recuperar dos movimentos.
O mais importante, explica Marttos Jr., é a garra com que Lais tem mostrado para batalhar por cada avanço, desde que se acidentou no fim de janeiro, durante a preparação para as Olimpíadas de Inverno. Ela teve um problema na terceira vértebra, que se deslocou do restante da coluna cervical e causou danos na medula espinhal.
Primeiro, Lais teve de lutar para não morrer. Agora, já respira sozinha, conversa, se alimenta normalmente e pode curtir atividades "normais", como ver filmes, ouvir músicas e passear pelo hospital.
A brasileira aprendeu a controlar os movimentos da cadeira de rodas elétrica, que se move com toques do seu queixo e é controlada também pelos braços. "Tem sido uma alegria para ela poder passear pelos jardins do hospital", afirmou o médico, sobre os pequenos triunfos que já permitem à equipe e à família planejarem saídas a restaurantes, cinemas e outras atividades sociais que vão ajudar no processo. Confira a entrevista:
UOL Esporte: Com pouco mais de um mês do acidente, qual é a evolução do quadro da Lais hoje?
Antonio Marttos Jr.: A Lais tem evoluído muito bem e dentro do planejado. Conseguimos desenvolver a capacidade dela respirar sozinha, que foi a maior vitória devido à gravidade e ao nível da lesão. Hoje, Lais come de tudo pela boca, respira bem, fala com todos, e faz todos os exercícios de fisioterapia respiratória, motora e ocupacional.
Antonio Marttos Jr.: A Lais tem evoluído muito bem e dentro do planejado. Conseguimos desenvolver a capacidade dela respirar sozinha, que foi a maior vitória devido à gravidade e ao nível da lesão. Hoje, Lais come de tudo pela boca, respira bem, fala com todos, e faz todos os exercícios de fisioterapia respiratória, motora e ocupacional.
Que tipo de movimentos ela tem agora e até que ponto vocês consideram possível que ela evolua neste sentido?
Hoje ela tem movimentos até a região dos músculos peitorais. Ela já esta fazendo fisioterapia e consegue fazer movimentos específicos com os braços utilizando os músculos do ombro e peitorais, apresentando evoluções da parte sensitiva em áreas bem abaixo do nível da lesão, na qual ainda há edema. Por isso não podemos fazer um prognóstico definitivo neste momento.
O quanto o esforço do paciente ajuda na melhora? E como você vê especificamente a Lais neste ponto?
O esforço da paciente é fundamental em cada fase do processo de recuperação. Inicialmente, Lais lutou por sua vida. Depois para sair da ventilação mecânica e poder se alimentar pela boca novamente. Agora para se adaptar às limitações neste momento. Ela está sendo exemplar. É muito forte e determinada. Pede sempre mais durante a fisioterapia, ela está acostumada a fases, como as de treinamentos. Lais é uma campeã.
Hoje ela tem movimentos até a região dos músculos peitorais. Ela já esta fazendo fisioterapia e consegue fazer movimentos específicos com os braços utilizando os músculos do ombro e peitorais, apresentando evoluções da parte sensitiva em áreas bem abaixo do nível da lesão, na qual ainda há edema. Por isso não podemos fazer um prognóstico definitivo neste momento.
O quanto o esforço do paciente ajuda na melhora? E como você vê especificamente a Lais neste ponto?
O esforço da paciente é fundamental em cada fase do processo de recuperação. Inicialmente, Lais lutou por sua vida. Depois para sair da ventilação mecânica e poder se alimentar pela boca novamente. Agora para se adaptar às limitações neste momento. Ela está sendo exemplar. É muito forte e determinada. Pede sempre mais durante a fisioterapia, ela está acostumada a fases, como as de treinamentos. Lais é uma campeã.
Eu quero saber quem é que vai pagar por isto ,a vida toda desta menina,o governo tem a obrigação de pagar todos os tratamentos e uma quantia e valor pra esta menina sobreviver .
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