Se buscar a expressão “deficiente” num sentido amplo, encontra-se inúmeras definições e conceituações, desde anomalias genéticas à acidentes espontâneos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a palavra “deficiência” é um substantivo atribuído a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Refere-se, portanto, à biologia do ser humano.
Para se ter uma ideia da radicalização da expressão “deficiente”, ao pronunciá-la, escrevê-la, cita-la em qualquer meio ao comunicar-se, sempre fará menção a pessoa; A palavra “deficiente” está humanizada. Dessa forma seus derivados acabam por seguirem o mesmo caminho (deficiência, com deficiência, para deficientes, há deficiência, etc). Ao citar uma pessoa que possui uma deficiência, essa pessoa fica restringida a uma parcela minoritária na interação da sociedade.
Se a expressão “pessoa com deficiência” é usado hoje, isso acontece porque há barreiras que impedem a pessoa de ser e fazer aquilo que lhe é de sua vontade, há uma série de eventos que a impedem de ser uma pessoa comum.
Isso se dá, provavelmente, porque o segmento da sociedade que representa a pessoa com deficiência ainda está em um momento de poucas oportunidades verdadeiras no Brasil.
A pessoa em si, no seu ser, é ilimitada, porém todo o ser humano possui uma limitação, um limite na atuação da vida social, profissional e emocional.
Veja bem, a pessoa humana rompe seus próprios limites quando conquista a possibilidade de almejar aquilo que propõe como objetivo.
Mas há limitações que são promovidas pela sociedade e outorgadas pelo Estado, através de suas próprias leis que, em um paradoxo filosófico, tenta libertar a pessoa de sua prisão corporal, cognitiva e mental, mas aprisiona a pessoa a uma deficiência que na verdade é dá sociedade e não da pessoa sujeito dessa questão textual. Não lhe dá a possibilidade de romper a barreira, o limite que o impede de vencer.
A limitação de uma pessoa está na deficiência em que o Estado possui de promover a livre circulação da pessoa humana, independente de seu segmento minoritário. Ao falar de limitação, falamos de limites que podem ser alcançados, se havendo a colaboração da sociedade e do próprio Estado.
E você, possui alguma limitação? Não será o Estado quem promove a sua limitação?
Se você for a um estabelecimento comercial, dê preferência aos locais com acessibilidade arquitetônica e de atendimento as pessoas com deficiência.
Forte Abraço
Paulo Generoso
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