Estudante de 20 anos, que usa muletas após sofrer um acidente, diz ter sido impedida de entrar em agência da Caixa Econômica Federal no litoral sul de São Paulo e promete processar o banco
A estudante de Relações Públicas Yasmin Marques, de 20 anos, ainda se recupera do acidente de carro que sofreu em novembro de 2012. Com o fêmur direito quebrado em três pontos, carrega na perna uma haste de titânio e dois parafusos. Após um mês na cama e seis meses usando uma cadeira de rodas, ela conseguiu, em junho, voltar a andar, com o auxílio de muletas.
E justamente por causa dessas muletas, Yasmin diz ter sido impedida de entrar em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Santos, litoral sul de SP, no último dia 16 de agosto.
Acompanhada pela irmã, a estudante foi ao banco para pedir informações sobre o PIS. Quando tentou passar pela porta giratória, o mecanismo de segurança travou. “Além da haste e dos parafusos, minhas muletas são de alumínio. Eu já sabia que a porta poderia travar”, diz a estudante.
Como não carregava bolsa e qualquer item nos bolsos, Yasmin imaginou que a porta seria liberada porque todos conseguiam ver o que ela usava para se locomover. Segundo a estudante, não foi isso o que aconteceu. “O segurança me ignorou totalmente e, após minha irmã insistir, ele chamou uma funcionária. E essa funcionária disse ‘de muleta ela não entra’. Fiquei sem saber o que fazer. Minha irmã entrou na agência e eu fiquei na área onde estão os caixas eletrônicos. Como não havia cadeiras, fui obrigada a me sentar no chão”. A estudante já consultou advogados e promete processar a Caixa.
Yasmin afirma ainda que, no mesmo dia, após sair da Caixa, esteve em uma agência do Banco do Brasil, em outra do Banco Santander e também em uma unidade da Previdência Social, todas em Santos. “Nesse locais, eu entrei direito e nem precisei passar pela porta giratória. Por que a Caixa não fez o mesmo?”.
A Caixa Econômica Federal ainda não se pronunciou sobre o caso.