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Ilha não tem opções para cadeirantes



















Calçadas esburacadas e ocupadas por carros, falta de rampas de acesso, dificuldades para usar o transporte público e acesso a diversos prédios da região. Estes são os principais obstáculos que os deficientes físicos da Ilha enfrentam diariamente. Encarar as principais vias da região, que não dispõem da acessibilidade necessária, é um sofrimento para os cadeirantes.
Caroline Oliveira tem 36 anos e mora na Rua Geneuna, no Jardim Carioca. Com um trauma na lombar e problemas na cervical, a insulana passou a usar cadeiras de rodas em 2010. A partir deste momento se deu conta que realizar as atividades do cotidiano nas ruas da Ilha seria um transtorno.
– Preciso tomar sol para fortalecer os ossos, mas até para ir à pracinha que fica ao lado da minha casa tenho dificuldades por conta da escada e da ausência total de rampas de acesso. Nas praias da região o mesmo problema. O calçadão da Praia da Freguesia e da Praia da Bica excluem totalmente aqueles que não andam normalmente. Na Estrada do Galeão, as calçadas são tomadas por veículos estacionados, buracos e raízes de árvores. Acho perigosas até para pedestres, mas especialmente para quem é cadeirante, as calçadas são inviáveis. Uma falta de respeito com as leis – desabafa Caroline.
João Rafael é casado com Caroline e vive de perto o drama da esposa. Ele ressalta que os espaços para cadeirantes muitas vezes não são respeitados. “Fomos passear domingo na feirinha do Cocotá e a única vaga disponível para deficientes estava ocupada por uma pessoa que mesmo vendo a nossa situação não retirou o veículo. Além da falta de acessibilidade, temos que conviver com a falta de educação e de fiscalização dos direitos”, reclama João.

Com as dificuldades na região, muitas vezes Caroline se sente presa dentro de casa. “Acredito que assim como eu, há vários cadeirantes e pessoas com outras deficiências que acabam ficando em casa deprimidos. Precisei passar por esta situação para enxergar como é difícil para um cadeirante sobreviver e não vou desistir de lutar por uma Ilha melhor”, comenta Caroline.
O subprefeito Nelson Miraldi disse ao jornal que já identificou trechos que precisam ser recuperados com a instalação de rampas de acesso. “As adaptações no Jardim Guanabara, Cocotá e Estrada do Galeão estão programadas para este ano. A Ilha é uma das regiões que mais notifica motoristas imprudentes e os estacionamentos irregulares vão receber mais atenção”, garantiu o subprefeito.
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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