Ultimamente tenho refletido muito a respeito de inserção da PCD – Pessoa com deficiência no mercado de trabalho visto que fiquei desempregada recentemente em razão da falência da Associação a qual eu trabalhava e das dificuldades e imposições que as empresas encontram na hora de contratarem um PCD.
Grandes avanços tem ocorrido para que nós PCDs possamos trabalhar com dignidade, dentre eles o transporte público e as arquiteturas adaptadas (esta última nem sempre). Graças, a duas palavrinhas que está cada vez mais presente entre as pessoas – INCLUSÃO SOCIAL.
A lei 8213 conhecida como a “lei de cotas” para PCDS que estabelece a reserva de vagas de dois a cinco por cento para as empresas com cem ou mais funcionários é um avanço, mais ainda está longe de ser uma solução.
Engana-se quem pensa que só os PCDs são discriminados no trabalho. Ainda existe uma segregação das minorias, sejam eles cadeirantes, surdos, cegos, os homosexuais, negros e ainda os HIV positivo.
A inclusão social nos remete à palavra diversidade, mais caminhamos a passos lentos quando somos chamados para um processo de seleção. Existe ainda uma delimitação quanto ao grau de deficiência das pessoas, quanto menor ou menos visível for o tipo de deficiência melhor na visão dos contratantes. Eles se esquecem do mais importante que é capacidade em si da pessoa em seleção.
A deficiência vem antes da pessoa ao passo que deveria ser um conjunto, a começar pelo ser humano com suas capacidades e habilidades para o cargo disputado.
Além da lei de cotas precisa-se de um conjunto de ações afim de que o PCD possa de fato ser encaminhado ao mercado de trabalho. Precisamos de pessoas qualificadas com a sensibilidade para que possam reconhecer nossas habilidades e necessidades individuais.
Navegando pela Net encontrei uma Campanha do MPT – Ministério Público do Trabalho/RS e a empresa Puras que diz o seguinte:
“Trabalho não tolera preconceito porque não depende de cor, sexo, religião, orientação sexual ou deficiências. O trabalhador e o seu trabalho é o que difere sua empresa dos concorrentes. Muita gente sabe disso, mas poucos realmente valorizam as competências, a força e a energia de quem é capaz. Lembre-se disso na hora de abrir suas portas para um profissional. Diversidade é isso! Pessoas diferentes umas das outras, mas que juntas podem desempenhar um grande papel na sociedade”.
Nessa Campanha a chamada direta é “E NA SUA EMPRESA, TEM ESPAÇO PARA MIM” – “busca atingir principalmente o empresariado e executivos, pois os convoca à reflexão sobre o assunto.
Vale o potencial de cada um, sua formação profissional e o desejo de contribuir para o desempenho de ‘sua’ empresa”.