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Dançar é alegria, saúde é prazer: Dançar é viver

Prezados leitores, é com tamanha alegria que divulgo o belíssimo trabalho realizado pelo Professor Guilherme, onde todos unem as suas limitações, vontades e beleza em prol da arte. 

Para aqueles que quiserem mais informações, segue o seu contato:  guilherme.andrade.7@gmail.com


Dança Inclusiva


A dança é uma das mais belas expressões do homem. Ela é uma linguagem de sentimentos que nos permite externalizar nosso interior em forma de movimentos, além de ser uma ótima forma de atividade física. Ao longo da história, a dança foi monopolizada por corpos “perfeitos” num ideal de performance criado e disseminado com o Balé Clássico, influenciando outras modalidades. Contudo, nas últimas décadas, temos assistido e vivido uma mudança significativa nesse quadro. 

A partir da quebra da hegemonia dos copos perfeitos gerada com a Dança Moderna, diversos grupos desenvolvem a chamada dança inclusiva, ou seja, atraem corpos “fora dos padrões” para a prática da dança, e as pessoas com deficiência são extremamente privilegiadas com esse movimento.

Quando pensamos numa pessoa sobre uma cadeira de rodas dançando, no máximo podemos imaginar a dificuldade que seria a sua locomoção e a limitação desses movimentos. Uma pessoa cega (com deficiência visual) numa aula de dança, como poderia entender os movimentos ensinados pelo professor? Uma pessoa com deficiência auditiva fazendo uma apresentação, como poderia ouvir a música?

Daí obtemos uma nova visão, a das possibilidades. Quando paramos de enxergar a deficiência e buscamos as soluções, entendemos que na verdade existem outros caminhos além dos tradicionais e o “pensar fora da caixa” pode trazer um resultado maravilhoso.


Como atividade física, a dança terá diversos benefícios para as pessoas com deficiência.

Dentre esses podemos citar:
- A melhora da força e da resistência muscular;
- Manutenção de massa óssea;
- Prevenção de LER (principalmente nos cadeirantes) e demais doenças relacionadas ao sedentarismo;
- Manutenção de uma boa composição corporal;
- O desenvolvimento da consciência e esquema corporal, conjuntamente com a coordenação motora;
- A melhora da postura e do equilíbrio corporal;
- Contribuição para uma imagem corporal e autoestima positivas;
- O incentivo à autonomia funcional;
- Aprimoramento da socialização;



FERREIRA (2003) diz que quando uma pessoa com deficiência dança, ela desloca o sentido que a sociedade impõe a ela, ou seja, ela traz um novo significado para si e para a própria deficiência. Levando em consideração que na dança o instrumento que a produz é o corpo, uma pessoa com deficiência física sobre uma cadeira de rodas dançando estará deslocando o sentido de seu corpo como “deficiente” para seu instrumento de produção de arte.



Dessa forma, a dança para pessoas com deficiência transforma muito mais do que o próprio indivíduo, pois atinge também a sociedade que o cerca e que pode passar a enxergá-lo como um artista, e não mais como um “deficiente”.

Existem hoje diversos grupos e companhias estruturadas por todo o Brasil e nos cinco continentes desenvolvendo a dança inclusiva. Seu braço mais forte é a dança em cadeira de rodas que tem regulamentação do Comitê Paralímpico Internacional (IPC Weelchair Dance Sport), representado no Brasil pela Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas (CBDCR).


É claro que as dificuldades de desenvolvimento desta modalidade são inúmeras, mas A qualidade está mais relacionada com o profissional do que com o contexto em que os serviços são oferecidos. Devemos então, buscar a maximização do potencial individual, sendo importante focalizar o desenvolvimento das habilidades, selecionando atividades apropriadas, providenciando um ambiente favorável à aprendizagem, encorajando a auto-superação. (PEDRINELLI, VERENGUER in GORGATTI, COSTA, 2008).


A dança é, antes de tudo, livre e deve ser acessível a todos. (ROHR, 2011).

José Guilherme de A. Almeida
Prof. de Educação Física
Coordenador e bailarino da Cia Holos de dança inclusiva com cadeira de rodas
Atleta da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas


REFERÊNCIAS
BOMFIM, Soyane A. Vargas; ALMEIDA, José Guilherme de Andrade; SANTOS, Dayana Ferreira dos.Representações da dança inclusiva em cadeira de rodas para pessoas com deficiência. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 17, nº 167, Abril/2012.

CASTRO, Eliane Mauerberg de. Atividade Física: Adaptada – Ribeirão Preto, SP: Tecmedd, 2005.

FERREIRA, E.L. Dança em cadeira de rodas: os sentidos da dança como linguagem não-verbal. Dissertação (mestrado). Campinas, SP: [s.n], 1998.

_____________. Corpo-movimento-deficiência: as formas dos discursos da/na dança em cadeira de rodas e seus processos de significação. Tese(doutorado). Campinas: [s.n], 2003. 
      
_____________. Dança Artística em Cadeira de Rodas. In: FERREIRA, E.L. Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência – 2. ed. – Niterói : Intertexto, 2011. Vol. 5

PEDRINELLI, V.J.; VERENGUER, R.C.G. Educação Física Adaptada: introdução ao universo das possibilidades. In: GORGATTI, M.G.; COSTA, R.F. (Orgs.). Atividade Física Adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri: Manole, 2005.

PERES, M.S; MELLO, F; GONÇALVES, C.A; Efeitos da dança em cadeira de rodas no controle de movimentos de tronco em paraplégicos. Revista Eletrônica da Faculdade de Educação Física e Desportos – UFRJ. vol 3, nº 2, Julho / Dezembro 2007.

ROHR, Cristina Marinho. Ensaios da Dança, reflexões e citações para profissionais, educadores e amantes da dança. Rio de Janeiro: Prestígio, 2011. 

SOBRINHO, P.A.S. Técnicas de Manejo na Dança em Cadeira de Rodas. In: FERREIRA, E.L. Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência – 2. ed. – Niterói : Intertexto, 2011. Vol. 3
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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