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Entrevista com Marcos Alves, morador de Camaçari e também membro da UDEC

PcD On-line: Você nasceu em Camaçari?

Marcos Alves, Não, eu venho do estado de Sergipe estou em Camaçari há 13 anos, gostei muito da cidade e não tenho pretensão de sair daqui. 

PcD On-line: Qual a sua profissão?

Marcos Alves, Caldeireiro, más estou aposentado por invalidez.

PcD On-line: Como e porquê se tornou paraplégico?

Marcos Alves, Ha 13 anos atrás sofri um acidente, cai de um coqueiro, no qual me deixou em uma cadeira de rodas, diagnóstico: Paraplegia Traumática por Lesão Medular.


PcD On-line: Qual a sua reação ao saber que não ia mais "poder andar"?


Fiquei muito triste, naquela época eu era jovem, forte e tinha muitos planos que foram interrompidos por causa da lesão, tive que ré-aprender a viver numa cadeira de rodas, os desafios, obstáculos e principalmente o preconceito das pessoas ao me olhar como se eu fosse um inválido. Sou grato a Deus pois estou vivo, tenho uma linda filha e a minha família sempre ficou do meu lado.


 Hoje em dia posso passar um pouco do meu conhecimento para aqueles que estão passando por aquela fase inicial de um cadeirante. Sabemos que a depressão vem forte, aliás há aqueles que até desejam a morte.

PcD On-line: A cidade onde você mora oferece condições plenas de locomoção? 


Marcos AlvesEu diria que não é uma cidade perfeita, está bem longe disso. No entanto, podemos perceber que já ouve uma evolução no que diz respeito a mobilidade urbana. Houve um tempo em que nem existia ônibus adaptado, agora já tem e não só eu mais muitas outras pessoas com deficiência utilizam o transporte público aqui em Camaçari.

 Na verdade o setor público evoluiu mais que o privado, há lojas e estabelecimentos comerciais que não nos oferecem acessibilidade. Podemos entrar sem ajuda apenas em agências bancarias, postos de saúde e alguns supermercados.

PcD On-line: E quanto as políticas públicas o que você tem a dizer sobre isso?


Marcos Alves, Ainda há muito o que melhorar, tanto as pessoas com deficiência, quanto as pessoas consideradas "normais" precisam ser vistas como cidadãos, pagamos impostos e temos direito a cidadania. Para viver com dignidade precisamos de segurança, educação e saúde. Em Camaçari a população aumentou consideravelmente desde a ultima década. E para atender a demanda é preciso que o poder público tenha um olhar cirúrgico. "É preciso que parem de olhar apenas o seu próprio umbigo".


PcD On-line: O que você diria para os novos cadeirantes?


Marcos Alves, Eu diria que assim como eu vocês são uns sortudos, é isso mesmo, se você ainda está entre nós é porque você tem sorte na vida, agora mesmo com as dificuldades, te digo, não se aflija, lute, extrai do seu interior a força que Deus lhe deu. sei que as dificuldades existem e são duras, mais com o apoio dos seu familiares vocês poderam dar segmento a suas vidas.
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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