A educação a Distância (EAD) cresceu 200% nos últimos quatro anos, conforme dados do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação a Distância, entretanto, esta modalidade ainda não atende aos mais de 24,5 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência – o que representa cerca de 14% da população do País. Segundo o censo da Educação Superior de 2007, o Brasil tem 300 mil alunos em cursos de graduação a distância, desde número apenas 137 são portadores de necessidades especiais.
Os maiores beneficiados são os portadores de baixa visão, que representam 38,68% do montante total. Em seguida, aparecem os classificados como deficientes físicos, aqueles com algum tipo de paralisia física (29,19%), cegos (17,51%), deficientes auditivos – casos em que a surdez é parcial (7,29%), surdos (3,64%), deficientes mentais (2,18%), os alunos com múltipla deficiência (0,72%) e aqueles com transtornos globais de desenvolvimento (0,72%). A inserção dos chamados estudantes especiais é maior na região Sudeste do Brasil. Em seguida aparece a região Sul, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, de acordo com o censo 2007, não há nenhum aluno portador de deficiência em cursos superiores a distância.
Esses números ainda são inexpressivos se comparado ao potencial da modalidade. A facilidade do acesso às aulas, a ausência de locomoção contínua e as novas tecnologias transformaram a EAD em alternativa para os deficientes brasileiros. A educação a distância pode aproximar ainda mais esses alunos da formação. No entanto, ainda são poucos os estudantes que recorrem à EAD. Nos cursos a distância da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da UCG (Universidade Católica de Goiás), por exemplo, não há nenhum aluno portador de deficiência matriculado. De acordo com Sérgio Roberto Franco e Rose Mary, responsáveis pelos departamentos de EAD das respectivas instituições, a ausência desses alunos não está relacionada a normas institucionais.
Mesmo acreditando na força da modalidade para a inclusão dos alunos especiais na graduação, Franco – que também é presidente da Unirede (Universidade Virtual do Brasil) – afirma faltar consciência à sociedade brasileira. "São poucos os estudantes que reconhecem a EAD como modalidade de primeira categoria. Principalmente porque, infelizmente, a grande expansão do setor nos últimos anos está associada a baixa qualidade", lamenta ele.
As dificuldades são vivenciadas na prática pelo estudante de Pedagogia da CEDERJ, Silvan Lemos da Costa, que optou casualmente pelo curso a distância. "Como não fui aprovado no sistema presencial, segui esse caminho", conta. Segundo ele, não são poucas as barreiras enfrentadas, mas ele especula que talvez sejam as mesmas do ensino presencial. "Todos os conteúdos são adaptados em áudio, o que dificulta o aprendizado, pois tenho que guardar informações de seis matérias exclusivamente na cabeça", declara ele.
Silvan sente falta de materiais em braile para dar suporte aos estudos. "O pólo, por exemplo, não têm impressora especial para braile. Também não há instrutores de informática para auxiliar na utilização dos softwares. Sem contar que o conversor de áudio tem voz aguda e difícil de entender", afirma o estudante. Apesar das dificuldades, o rapaz diz contar com o apoio tanto de tutores como dos colegas de classe.
Ainda que o MEC (Ministério da Educação) não mantenha campanhas de inserção de alunos especiais na modalidade a distância, uma série de medidas resguardam o acesso desses estudantes à modalidade. A legislação brasileira trabalha nessa direção e obriga as instituições de ensino a dinamizar plataformas, flexibilizar a didática e respeitar as especificidades dos alunos para garantir educação efetiva a todos.
Os maiores beneficiados são os portadores de baixa visão, que representam 38,68% do montante total. Em seguida, aparecem os classificados como deficientes físicos, aqueles com algum tipo de paralisia física (29,19%), cegos (17,51%), deficientes auditivos – casos em que a surdez é parcial (7,29%), surdos (3,64%), deficientes mentais (2,18%), os alunos com múltipla deficiência (0,72%) e aqueles com transtornos globais de desenvolvimento (0,72%). A inserção dos chamados estudantes especiais é maior na região Sudeste do Brasil. Em seguida aparece a região Sul, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, de acordo com o censo 2007, não há nenhum aluno portador de deficiência em cursos superiores a distância.
Esses números ainda são inexpressivos se comparado ao potencial da modalidade. A facilidade do acesso às aulas, a ausência de locomoção contínua e as novas tecnologias transformaram a EAD em alternativa para os deficientes brasileiros. A educação a distância pode aproximar ainda mais esses alunos da formação. No entanto, ainda são poucos os estudantes que recorrem à EAD. Nos cursos a distância da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da UCG (Universidade Católica de Goiás), por exemplo, não há nenhum aluno portador de deficiência matriculado. De acordo com Sérgio Roberto Franco e Rose Mary, responsáveis pelos departamentos de EAD das respectivas instituições, a ausência desses alunos não está relacionada a normas institucionais.
Mesmo acreditando na força da modalidade para a inclusão dos alunos especiais na graduação, Franco – que também é presidente da Unirede (Universidade Virtual do Brasil) – afirma faltar consciência à sociedade brasileira. "São poucos os estudantes que reconhecem a EAD como modalidade de primeira categoria. Principalmente porque, infelizmente, a grande expansão do setor nos últimos anos está associada a baixa qualidade", lamenta ele.
As dificuldades são vivenciadas na prática pelo estudante de Pedagogia da CEDERJ, Silvan Lemos da Costa, que optou casualmente pelo curso a distância. "Como não fui aprovado no sistema presencial, segui esse caminho", conta. Segundo ele, não são poucas as barreiras enfrentadas, mas ele especula que talvez sejam as mesmas do ensino presencial. "Todos os conteúdos são adaptados em áudio, o que dificulta o aprendizado, pois tenho que guardar informações de seis matérias exclusivamente na cabeça", declara ele.
Silvan sente falta de materiais em braile para dar suporte aos estudos. "O pólo, por exemplo, não têm impressora especial para braile. Também não há instrutores de informática para auxiliar na utilização dos softwares. Sem contar que o conversor de áudio tem voz aguda e difícil de entender", afirma o estudante. Apesar das dificuldades, o rapaz diz contar com o apoio tanto de tutores como dos colegas de classe.
Ainda que o MEC (Ministério da Educação) não mantenha campanhas de inserção de alunos especiais na modalidade a distância, uma série de medidas resguardam o acesso desses estudantes à modalidade. A legislação brasileira trabalha nessa direção e obriga as instituições de ensino a dinamizar plataformas, flexibilizar a didática e respeitar as especificidades dos alunos para garantir educação efetiva a todos.
Fonte: Universia Brasil