O relatório "Situação Mundial da Infância 2013: crianças com deficiência", divulgado peloFundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef/maio 2013), mostra uma realidade perversa - as crianças e jovens com deficiência são o grupo mais "invisível" para o mundo em se tratando de direitos -, mas possível de ser transformada.
As crianças com deficiência têm menos oportunidades e menos acesso a recursos e serviços em relação às demais crianças, com exclusão que fere direitos básicos, como acesso à educação e à saúde.
Ainda segundo o relatório, elas têm probabilidade três ou quatro vezes mais alta de serem vítimas de violência física ou sexual do que as crianças sem deficiência.
Para as meninas e mulheres jovens com deficiência a situação é ainda mais cruel - a probabilidade é ainda menor de receberem cuidados e alimentação, e maior a probabilidade de serem excluídas das interações e atividades familiares.
A Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), das quais o Brasil é signatário, garantem medidas regulatórias e políticas inclusivas, mas as barreiras atitudinais ainda são as mais resistentes para um futuro de efetiva inclusão e equidade.
A realidade de exclusão se deve, em grande parte, ao preconceito e à ignorância em relação às pessoas com deficiência - crianças, jovens ou adultos - que são definidas e avaliadas pela sociedade "pelo que lhes falta e não pelos atributos de que dispõem".
Relatório
"Situação Mundial da Infância 2013: crianças com deficiência"
http://www.unicef.org/brazil/pt/PT_SOWC2013.pdf
"Situação Mundial da Infância 2013: crianças com deficiência"
http://www.unicef.org/brazil/pt/PT_SOWC2013.pdf