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Técnica baseada no efeito Raman inaugura nova era na cirurgia de tumor cerebral

Técnica permite que o tumor (azul) seja destinguido do tecido normal (verde), com base em sinais fracos emitidos pelas estruturas celulares
Tecnologia baseada em laser pode inaugurar uma nova era para cirurgia de tumor cerebral, permitindo que os cirurgiões diferenciem, com alta resolutividade, o tecido canceroso das partes saudáveis do cérebro durante a cirurgia. A nova tecnologia minimiza a possibilidade de que resquícios de células que poderiam gerar novos tumores fiquem para trás.
A sigla SRS, nome do novo procedimento, vem de Stimulated Raman Scattering (espalhamento estimulado de Raman), em homenagem ao indiano C.V. Raman, primeiro indiano a receber um Nobel e um dos autores do estudo que descobriu a técnica de espalhamento inelástico da luz através da matéria, base do novo estudo.
A técnica SRS detecta um sinal de luz refletido da matéria iluminada com laser não-invasivo. Ao analisar cuidadosamente o espectro de cores, os pesquisadores podem enteder melhor a composição química da amostra.

Ao longo dos últimos 15 anos, Sunney Xie, do Departamento de Química e Biologia Química da Universidade de Harvard e autor sênior deste estudo, criou uma técnica de imagiologia química de alta velocidade. Os pesquisadores ampliaram em 10 mil vezes o efeito Raman possibilitando criar imagens multicoloridas de tecidos vivos ou de outros materiais. A nova técnica permite criar 30 novas imagens a cada segundo, possibilitando a confecção de vídeos do tecido em tempo real.
A técnica foi usada com sucesso para distinguir tecido saudável do tumor no cérebro de ratos vivos e, em seguida, mostrou que o mesmo era possível no tecido removido de um paciente com glioblastoma multiforme, um dos tumores cerebrais mais mortais.

Pacientes diagnosticados com glioblastoma multiforme vivem em média 18 meses após o diagnóstico. A cirurgia é um dos tratamentos mais eficazes para tais tumores, mas menos de 25% da operações atingem resultados satisfatórios. "Embora a cirurgia de tumor cerebral tenha avançado em muitos aspectos, os índices de sobrevivência para muitos pacientes ainda são pequenos, em parte porque os cirurgiões não podem ter certeza de terem removido todo o tecido do tumor antes de encerrar a operação diz co-autor do estudo Daniel Orringer, professor do Departamento de Neurocirurgia da University of Michigan (UM). "Com o SRS podemos ver algo que é invisível ao microscópio cirúrgico convencional."
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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