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Roma e Vaticano para cadeirantes

Pedro em frente ao Coliseu
(todas as imagens pertencem
ao acervo pessoal do autor do post)
* Por Pedro Muriel Bertolini


Amigos, hoje falarei de Roma, também conhecida como "a cidade eterna". Trata-se de uma cidade com um patrimônio histórico e cultural incalculável, uma vez que foi o centro do Império Romano e teve papel importante na época do movimento renascentista italiano.

Assim que chegamos, tivemos a primeira surpresa: o hotel que havíamos reservado era bem localizado, ficava bem perto do Vaticano, mas tinha um elevador muito pequeno, que mal cabia uma pessoa, quanto mais uma cadeira de rodas… O pessoal foi muito solícito e nos ajudou a encontrar outro hotel próximo. Desta vez, era adaptado e quase de frente para o Vaticano, mas o triplo do preço.

Uma vez pobres e com o problema do hotel resolvido, fomos ao Vaticano pela primeira vez. É um lugar sem igual, de uma riqueza e beleza de deixar qualquer um se perguntando se aquilo foi mesmo feito por mãos humanas. Na chegada à Praça de São Pedro, nossos olhos já ficaram maravilhados com as colunas que cercam o local, algo grandioso e tocante.


Praça de São Pedro

Interior da Basílica de São Pedro

A acessibilidade no Vaticano é boa, tem rampas, rampinhas , elevadores normais e elevadores de escada. O complicado é chegar aos lugares em Roma, pois a cidade, por ser muito antiga, tem um número muito grande de ruas de pedra. Mas não se preocupem, os pontos turísticos são bem adaptados e as calçadas são ótimas. Porém, as ruas menores não têm calçada. Mas se você é um cadeirante brasileiro, vai até achar que Roma é acessível, o que definitivamente ela não é. 

Este é um elevador de escada
(imagem do Google)

Após atravessar a Praça de São Pedro, adentramos a Basílica de São Pedro, a maior igreja do mundo, totalmente acessível. É uma coisa de deixar qualquer um sem palavras, pois é gigantesca, tem várias estátuas, uma infinidade de detalhes em ouro e abriga a Pietà, uma linda escultura de Michelangelo. Mais adiante, encontramos o local onde fica o túmulo dos papas, meio mórbido, mas muito bacana.

A belíssima Pietà agora está eternamente gravada nas
retinas do Pedrão

Após, fomos dar uma volta pelas redondezas. Almoçamos, visitamos uma feirinha de rua e terminamos chegando ao Castelo de Sant’Angelo. Ele é redondo e muito bonito. Infelizmente não pude conhecer muito do lugar, pois o elevador estava quebrado. Meu irmão adorou; disse que é um dos lugares que ele mais gostou. Terminamos o dia no Rio Tevere, que é muito bonito, cercado por uma vista linda de Roma.  À noite, após ter andado muito durante o dia, saímos para jantar uma bela massa italiana e tomar um gelato de chocolate. É impossível comer mal em Roma, os restaurantes são incríveis e a maioria deles são adaptados. 

Castelo de Sant’Angelo

Rio Tevere

No dia seguinte, partimos para os Museus do Vaticano e a Capela Sistina, dois lugares muito legais. Foi muito bacana ver as pinturas de Michelangelo, os quadros e todas as preciosidades que esse complexo de museus conserva. A acessibilidade é ótima, mas você pode ter que esperar um bom tempo para usar os elevadores, pois lá tem um congestionamento de cadeirantes! Tem muitos! (Risos) Se você não é cadeirante, vai ficar umas 2 horas na fila; era enorme, dava volta no quarteirão.

Monumento nos jardins da Capela Sistina

Depois de passar a manhã no Vaticano, paramos para comer uma bela pizza de pesto e presunto e partimos para o Coliseu e as atrações turísticas mais conhecidas. Fomos informados no hotel que, para chegar até o Coliseu, o melhor seria pegar um táxi, pois nem todas as linhas de metrô têm acessibilidade, e o ônibus é complicado de pegar, pois o trânsito de Roma é caótico.

O táxi foi uma ótima escolha, pois foi muito barato e rápido. Chegar ao Coliseu foi algo maravilhoso para mim, pois sou um apaixonado pela história do Império Romano, fiquei encantado. É maravilhoso e acessível, tem até elevador para as partes superiores. Eles colocaram um elevador em um monumento de 2000 anos! A gente tem que bater palma e ter humildade para aprender com eles como se trata um ser humano.

Interior do Coliseu. Apesar de histórica, a construção conta
com elevador.

Mais adiante, encontramos o Fórum Romano, onde está o que restou da Roma Antiga. Eu não andei muito pelas ruínas, pois não parece ser adaptado, e é possível ter uma boa visão estando do lado de fora do complexo. Há muitos jardins com flores ao redor do Fórum, o que deixa tudo muito bonito.

Fórum Romano

Após ver esses belos monumentos, andamos pela Via del Corso, onde comemos mais um gelato e visitamos várias lojas de marcas famosas. Se continuar pela avenida, vai acabar chegando a umas ruas laterais e, consequentemente, na magnífica Fontana di Trevi, uma fonte de deixar qualquer um encantado. Dizem que jogar uma moeda de costas faz com que tenhamos um pedido realizado. Eu, como um bom mineiro, preferi deixar as moedas na carteira mesmo.

A Fontana di Trevi não viu as moedas do Pedro...


Outro lugar bem famoso é a Praça de Espanha, florida, mas muito cheia. À noite, de volta às proximidades do Vaticano, fomos jantar em um restaurante na rua do hotel e, para minha surpresa, foi o meu restaurante preferido na Itália. Comi um macarrão sensacional!

No dia seguinte, para fechar a viagem, fomos à missa do Papa Chiquinho. Eu passei raiva, pois tinha gente saindo de tudo quanto era lugar, uma coisa horrível. No fim das contas, eu só vi o papamóvel! Meu irmão é alto, então pôde constatar que o Chiquinho tem uma carinha muito boa. Fechamos o passeio rodando a cidade, sem rumo, algo muito desafiador, mas reconfortante.

Roma é uma cidade mágica, cercada de arte, boa culinária e um passado grandioso! Não deixem de conhecer!


Amigos, chega ao fim a série Giro pela Itália. Foi uma hora escrever para vocês! Nos vemos na estrada! Ciao!



*Pedro Muriel Bertolini
é cadeirante, tem 26 anos, 
é formado em Relações Internacionais 
e apaixonado por viagens e livros.
Para saber mais sobre ele,
clique aqui.




Clique nos links abaixo para ler os outros posts da série Giro pela Itália:



Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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