Nesta quarta, em sessão do Conselho de Direitos Humanos sobre pessoas com deficiência, em Genebra, na Suíça, a Chefe de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, chamou a atenção dos países para que os deficientes físicos tenham mais oportunidades no mercado de trabalho.
Navi recomendou que os locais de trabalhos sejam adequados para atender às necessidades de locomoção dos deficientes, e que sejam removidos os obstáculos que os impedem de concorrer com igualdade com as demais pessoas – como a falta de acesso à educação e a treinamento técnico.
“O direito ao trabalho é um direito humano fundamental que é inseparável da dignidade humana. Não só fornece aos indivíduos os meios para ganhar a vida e sustentar suas famílias; na medida em que o trabalho é livremente escolhido ou aceito, contribui para o seu desenvolvimento e reconhecimento dentro de suas comunidades.”, apontou Navi.
A representante lembrou que muitos ambientes profissionais continuam inacessíveis às pessoas com deficiência, seja pelo acesso físico ou por atitudes contrárias à igualdade de participação. Além disso, há uma ausência de envolvimento de pessoas com deficiência no desenvolvimento de legislações relacionadas a seus empregos e formação, assim como.
Ela observou ainda que quando a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada, em 2006, encarnou uma “mudança importante” na forma como a comunidade global via as pessoas com deficiência. O Brasil ratificou tanto o documento principal quanto seu Protocolo Facultativo em 2008.
Cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, vivem com alguma deficiência. São a maior minoria do mundo, sendo que cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento.
Redação com ONU