O acesso aos edifícios públicos e privados do Espírito Santo é um dos principais obstáculos dos deficientes físicos capixabas. O artigo 11 da Lei de Acessibilidade determina que a entrada dos prédios deve ser acessível às pessoas portadoras de deficiência. A situação, no entanto, não segue a regra em todos os edifícios do estado.
De acordo com Silvana Brito, as calçadas não adaptadas e a falta de rampas são dificuldades consideráveis aos portadores de deficiência física. “Eles fazem rampas que não dá para as pessoas andarem direito. Faz em um pedaço e, em outro, não”, reclama Silvana, que conta com a ajuda do irmão para subir calçadas.
Prédios públicos, como o do Procon, em Vitória, e do Instituto de Previdência de Vila Velha, na região Metropolitana do estado, contam com rampas não funcionais. “Elas são muito inclinadas e não dá para subir com a cadeira, porque fica muito pesado”, afirmou a cadeirante. Silvana Brito também foi conduzida à Defensoria Pública, na capital, e não conseguiu passar da porta, devido ao alto degrau na entrada. “É impossível. Eu tenho que chamar alguém que esteja lá dentro ou trazer alguém comigo. Não acontece o que a lei determina”, disse.
Segundo a Prefeitura de Vila Velha, uma notificação vai ser enviada nesta quarta-feira (25) aos proprietários dos prédios citados na reportagem. O Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) reconheceu irregularidade no prédio do órgão e informou que procura novo local para instalação.