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Cientistas 'perto' de vacina universal contra gripe

Gripe mata entre 250 mil e 500 mil pessoas todos os anosDivulgação Novatris
Cientistas britânicos acreditam ter avançado em pesquisas que podem levar à confecção de uma vacina que proteja contra todos os tipos de gripe.
O vírus influenza, causador da doença, é extremamente mutável, fazendo com que vacinas para as gripes sazonais sejam alteradas constantemente.
Mas novos estudos, publicados na revista científica Nature Medicine, levam a crer que, em breve, será possível fabricar uma vacina universal contra a gripe, que mata entre 250 mil e 500 mil pessoas todos os anos.
O vírus influenza é capaz de mudar as proteínas que brotam de sua superfície tão facilmente quanto trocar de roupas.
No entanto, o material localizado no seu interior é comum a várias de suas mutações, levando os cientistas a acreditar que concentrar no núcleo do vírus pode ser a chave para desenvolver a vacina universal.
Pandemia
Acredita-se que uma parte específica do sistema imunológico, conhecida como células-T, seja capaz de reconhecer as proteínas que habitam o centro do vírus.
Para examinar como essas células-T reagem diante da presença do vírus, pesquisadores do Imperial College, de Londres, analisaram 342 funcionários e estudantes que contraíram gripe suína, que provocou uma pandemia em 2009.
Eles estimam que ter se deparado com a 'casca' do novo vírus deve ter sido uma experiência completamente diferente para o sistema imunológico, mas acreditam que o material localizado no seu núcleo não deve ter causado espanto às defesas do corpo humano.
A equipe analisou os níveis de um tipo de células-T no início da infecção dos pacientes analisados e constatou que quanto mais células-T eles tinham, mais amenos eram os sintomas.
Os pesquisadores então isolaram a parte do sistema imunológico que oferecia algum tipo de proteção à pandemia e a parte do vírus que estava sendo atacada, provavelmente comum a várias de suas mutações. O líder da pesquisa, Ajit Lalvani, disse à BBC que 'esta é a base para uma vacina'.
— Nós agora conhecemos exatamente o subgrupo do sistema imunológico que defende o organismo e identificamos os fragmentos-chave no núcleo do vírus que são atacados. Eles devem ser incluídos em uma vacina. Se este for realmente o caso, estamos a cinco anos de fabricar uma vacina. Temos o conhecimento, sabemos o que tem de estar nela e agora temos de seguir adiante.
Desafios
A futura vacina seria diferente de outras, como a tríplice administrada contra sarampo, rubéola e caxumba, em que o sistema imunológico é induzido a produzir anticorpos para atacar o invasor.
No caso de uma vacina universal contra gripe, o corpo seria estimulado a produzir altos níveis de células-T.
Mas há desafios. Os pesquisadores admitem que pode ser mais difícil desenvolver este tipo de vacina do que os que estimulam a produção de anticorpos.
A grande questão será conseguir que o sistema imunológico produza um número de células-T grande o suficiente para criar uma resposta duradoura.
O professor John Oxford, da Queen Mary University, em Londres, está cético em relação à criação de uma vacina universal.
— Seu efeito não poderá ser tão poderoso. Não vai resolver todos os problemas de pandemias de gripe, mas pode se somar às opções atuais de vacinas. É um longo caminho até que esse estudo seja traduzido em uma vacina que funcione.
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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