Aberto Internacional de tiro paradesportivo reúne cerca de 70 atletas no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro recebe, de 3 a 6 de outubro o Campeonato Aberto Internacional de Tiro Esportivo Paralímpico. A competição será no Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE), na Zona Oeste, e contará com a participação de 77 atiradores de sete países: Brasil, Argentina, Canadá, Colômbia, Uruguai, Estados Unidos e Venezuela.

O evento segue uma diretriz do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), que tem a intenção de promover a modalidade nas Américas. Os pontos do Campeonato Aberto Internacional também serão contabilizados para os cerca de 60 atiradores brasileiros na disputa. Eles servirão como base para o ranking nacional de 2013, composto também por duas etapas da Copa Brasil, realizadas em Curitiba, em março e em julho deste ano.

Carlos Garletti é o principal atleta do Brasil na modalidade. Com duas participações em Jogos Paralímpicos na bagagem, Pequim-2008 e Londres-2012, o heptacampeão brasileiro apoia a ideia de convidar atiradores de outros países para a realização do Open. “Fazer grandes eventos é interessante para todo mundo, principalmente para os competidores dos países do nosso continente, que tem um calendário menor que o europeu e o asiático”, explicou.

Adepto da carabina, Carlos Garletti competirá em quatro modalidades na capital fluminense (carabina de ar em pé, carabina de ar deitado, carabina de bala 3 x 40 e carabina de bala deitado). Após a participação em Londres, o paulista de São Caetano do Sul diminuiu o ritmo de treinos para aproveitar um pouco a família. “Minha sorte é que sou um privilegiado por poder treinar em casa e, há algum tempo, já venho retomando o meu ritmo normal de treinos. Estou confiante para conquistar mais um título”, ressaltou o competidor da classe SH1, que não requer suporte para a arma.

Confiante com a medalha de ouro conquistada em agosto, na prova de Pistola Sport, na etapa da Copa do Mundo de Bangkok, na Tailândia, o gaúcho Geraldo von Rosenthal também é presença garantida na competição no Rio de Janeiro.

“Comecei muito bem o ano quebrando o recorde brasileiro na pistola de ar 10m, e isso me deu muita confiança. Eu sabia que, para conseguir realizar o meu sonho de ganhar uma etapa do Mundial, teria que treinar muito. Por isso, me dediquei”, ressaltou.

No tiro esportivo há mais de dez anos, Geraldo von Rosenthal praticava a modalidade apenas por hobbie. Com má formação congênita na mão direita, chamada de Síndrome de Poland, ele não conseguia competir com atiradores convencionais. Em 2007, o gaúcho conheceu Carlos Garletti e passou a competir. Apesar de liderar o atual ranking brasileiro nas provas de pistola, ele deixa o favoritismo de lado. “Tenho tudo para fazer uma boa prova e conseguir o título brasileiro. Mas, nesta modalidade, há várias questões envolvidas, principalmente a concentração, e um dia ruim pode atrapalhar tudo”, afirma.

Convênio
O Campeonato Aberto Internacional de Tiro Esportivo paralímpico é custeado por um convênio do Comitê Paralímpico Brasileiro com o Ministério do Esporte. Outras 15 modalidades adaptadas também são contempladas pelo acordo.

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