O espetáculo Ninguém mais vai ser bonzinho – Em Esquetes conta com todos os recursos de acessibilidade na comunicação previstos em lei: intérprete de Libras, legenda eletrônica, audiodescrição das cenas, programas em braile, visita guiada ao cenário, atendimento prioritário para pessoas com deficiência e reserva de assentos para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.
Além das apresentações, o público também poderá participar de Oficinas de Teatro Acessível ministradas pelo grupo Os Inclusos e os Sisos, com supervisão da Escola de Gente. As oficinas buscam propor situações que promovam mais espaço interno para as pessoas se exercitarem na perspectiva inclusiva, desconhecida, como prática, para um importante contingente populacional. São várias vivências, jogos, dinâmicas e propostas. As oficinas têm vagas limitadas e as inscrições podem ser feitas através do e-mail escoladegente@escoladegente.org.br.
Livro inspira peça
Baseado no livro homônimo da jornalista e fundadora da Escola de Gente, Claudia Werneck, recomendado por Unesco e Unicef, a peça Ninguém mais vai ser bonzinho tem como tema central a urgência em se promover uma sociedade inclusiva, passando da fase de conscientização para a de ação. O livro, publicado no ano de 1996 pela WVA Editora, especializada em inclusão, é vendido também em formatos acessíveis, e se tornou a primeira obra no Brasil a tratar do tema a partir da Resolução 45/91, assinada pela ONU em 1990. Apresentado pela primeira vez em 2007, Ninguém mais vai ser bonzinho, com criação e direção de Diego Molina, é um espetáculo que revela cenas sutis de discriminação no dia a dia, apresentadas com muito bom humor.
Oficinas de Teatro e Inclusão
As Oficinas Inclusivas já foram multiplicadas mais de 400 vezes em países das Américas, Europa, Oceania e África. “Tudo é muito instigante, provocador, ousado e faz com que o público de artistas, produtores, educadores, funcionários de empresas, conselheiros de direitos, e tantos outros públicos, abram espaços internos e externos de diálogo com outras pessoas e seus modos de sentir, existir, se comunicar. Nas Oficinas de Teatro Acessível é possível ousar e testar os limites daquilo que se pensa, no dia a dia, ser inclusão. Buscamos expandir consciências e explorar estratégias e novos modos de atuação por uma construção coletiva de sociedades inclusivas”, comenta Claudia Werneck.
Escola de Gente - Comunicação em Inclusão
Na última década, a Escola de Gente trabalha para que as políticas públicas se tornem inclusivas, ou seja, que garantam direitos humanos também para quem tem deficiência e vive na pobreza, especialmente crianças, adolescentes e jovens, uma atuação premiada e reconhecida nacional e internacionalmente. A participação em conselhos, produção e disseminação de marcos teóricos e metodologias próprias, formação de juventudes em mídias acessíveis em universidades, comunidades e favelas, criação de indicadores, consultorias e distintas ações na área da cultura são papéis desempenhados pela Escola de Gente. Desde 2002, a organização já sensibilizou diretamente para a causa da inclusão mais de 400 mil pessoas em todas as regiões do Brasil e em 15 países das Américas, Europa, Oceania e África para a causa da inclusão. Integrante do Conselho Nacional de Juventude, do Conselho Estadual de Juventude e da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entre outras redes. No ano de 2011, recebeu o Prêmio Direitos Humanos na categoria: “Direitos de Pessoas com Deficiência” da presidente Dilma Roussef, a mais alta condecoração que o Estado brasileiro pode oferecer a uma organização da sociedade civil na área dos Direitos Humanos.