FICA A DICA
O ambiente da entrevista de emprego não é dos mais confortáveis. Por isso, muitas pessoas acabam cometendo erros que podem valer a vaga. “Normalmente, os candidatos não têm consciência de que estão cometendo uma falha, e isso os leva a armadilhas”, diz Reinaldo Polito, mestre em Ciências da Comunicação e professor de expressão verbal.
Outro forte motivo para que os deslizes apareçam é o nervosismo. “Quando a pessoa está muito nervosa, fato comum quando se sente avaliada, costuma apresentar comportamentos negativos e prejudiciais às suas pretensões”, complementa.
Lembre-se, então, de que o corpo também fala e é preciso prestar atenção na postura que tem durante a entrevista. “Uma forma de perceber insegurança é através da voz trêmula, quando a pessoa senta muito no canto da cadeira ou quando ela não olha nos olhos, por exemplo. A antipatia é percebida quando a pessoa balança a cabeça em negativa, vira os olhos em sinal de protesto ou fica tão retraída a ponto de ficar intransponível. E o temido nervosismo aparece quando a pessoa gagueja, usa vícios de linguagem, transpira demais, fica com a voz embargada ou os olhos mareados”, conta Cíntia Bortotto, consultora de RH.
Porém, por mais que seja difícil controlar esses sintomas, há formas de evitar que os erram apareçam. “O principal ponto é o autoconhecimento. Quando você sabe quais são os pontos a desenvolver fica mais fácil se preparar para as perguntas. Quem se conhece faz isso de forma natural e madura”, revela Cíntia. Outro aliado é o preparo para o processo seletivo. “Quanto mais você participa de processos seletivos, melhor você vai se comportando neles, porque você vai adequando o que julgou que não foi tão positivo quanto você gostaria”, avalia a profissional.
Saiba ainda quais são as características do cargo para o qual você está se candidatando. “Veja, por exemplo, que tipo de competências e experiências são exigidas para que o profissional assuma a função. Dessa forma, você poderá dirigir as suas respostas e o rumo da conversa para as suas qualificações que se adequem ao que a empresa necessita”, recomenda Polito. Veja a seguir os erros mais comuns durante as entrevistas de emprego:
1) Agir com arrogância
Durante a entrevista, não é legal parecer uma pessoa que se acha a melhor de todas. “Para concorrer a uma vaga, é positivo demonstrar que se tem autoconhecimento suficiente para saber onde pode contribuir e o que pode melhorar”, avalia Cíntia.
Quando o candidato se apresenta com ar prepotente e vaidoso, acaba criando resistências e antipatias desnecessárias. “As demonstrações são fáceis de identificar: cabeça levantada, olhar vindo de cima para baixo, gestos medidos e artificiais e preocupação excessiva com a aparência”, enumera Polito.
2) Esconder-se do entrevistador
Nem se gabar demais, nem se esconder demais. Não se preparar para a entrevista e não saber trazer bons exemplos de comportamento, ou traduzir sua experiência em resultados, são pontos negativos. “Se o candidato se apresentar de maneira tímida, desconfortável e hesitante pode dar a impressão de pessoa frágil, que não tem domínio sobre o que fala e, consequentemente, compromete sua credibilidade”, diz Polito. Os sinais, nesse caso, são vários, como fugir constantemente com os olhos, esfregar as mãos nervosamente e cruzar e descruzar as pernas.
3) Falar demais e se perder nas respostas
Fale de maneira natural e espontânea. “Alguns candidatos falam muito e acabam se perdendo na resposta e cansando o entrevistador, que tem um tempo para falar com a pessoa. Isso pode contar pontos negativos”, diz Cíntia. Por isso, mostre energia, envolvimento e interesse ao falar. “Mas não é para subir no palanque e fazer um discurso. Lembre-se sempre da naturalidade”, salienta Polito.
4) Parecer indeciso
Não mostre que você deixou-se levar pela vida. “Isso dá a entender que você teve escolhas conscientes. Este tipo de candidato demonstra que aceitou de bom grado tudo o que a vida lhe ofereceu, mas não tomou a frente fazendo escolhas, e, em geral, não tem um plano do que quer para a sua carreira”, ressalta Cíntia.
5) Usar vícios de linguagem
Eles são típicos dos candidatos que estão nervosos. Mas você deve evitá-los ao máximo. “Não use 'né?', 'tá?' ou 'entende?' ao final das frases. Expressões como 'tipo assim e 'na verdade' e outros ruídos desnecessários como 'ã' e 'é' nas pausas das frases também não são bem vistos”, diz Polito.
Cuidado com as palavras rebuscadas e redobre a atenção com os estrangeirismos. “Você pode usar termos técnicos, mas não exagere. Lembre-se de que o entrevistador não é especialista na sua área”, adverte Polito.
6) Abusar da presença de espírito
Usá-la em alguns momentos é até proveitoso, mas não tente bancar o palhaço. “Excesso de brincadeiras só atrapalha”, indica o professor. A ironia fina e o humor sutil demonstram inteligência e preparo intelectual. Piadas pesadas e de humor rasteiro estão vetadas, já que podem levar à vulgaridade.
7) Mentir
É importante que você faça uma lista dos desafios profissionais que superou e dos resultados que conquistou. “Mas não minta, pois isso será uma grave falha na avaliação do recrutador”, aconselha Polito. Dê informações que o valorizem, mas não as invente.
Fonte: http://migre.me/baU9Z
O Google Street View de cadeira de rodas
09 de agosto de 2013
NOTÍCIA
Um Google Street View para cadeirantes. É assim que Eduardo Battiston gosta de descrever o Accessibility View, o projeto que ele criou para participar do Creative Sandbox Brief, um concurso do Google para promover boas ideias que envolvam tecnologia. Da mesma forma que o Google Maps indica o melhor caminho a ser percorrido a pé, de carro ou de ônibus, o Accessibility View sugere o itinerário mais seguro a ser percorrido por pessoas com deficiência física, considerando os muitos obstáculos que uma cidade sem o mínimo de acessibilidade apresenta, como calçadas estreitas, ruas esburacadas e rampas defeituosas.
Para mapear os melhores trajetos, Eduardo espera contar com a ajuda de membros da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) para percorrer as calçadas de São Paulo com câmeras fotográficas acopladas às cadeiras de rodas e, assim, registrar fotos panorâmicas em 360º graus. Se uma frota de automóveis levou um ano e meio para mapear a cidade para o Google Street View, a estimativa é que o grupo de cadeirantes demore, pelo menos, o dobro desse tempo para executar o mesmo serviço.
Além de dar dicas de trajeto para pessoas com deficiência, o Acessibilitiy View também permite a qualquer cidadão, cadeirante ou não, que denuncie, em tempo real, os pontos mais críticos de acessibilidade de sua cidade. O objetivo é alertar as autoridades para a necessidade constante de reparos nas vias públicas. O sonho de Battiston é receber o suporte financeiro do Google – o projeto está orçado em R$ 1 milhão. E, assim que possível, acrescentar um quinto botão – o das cadeiras de rodas – aos quatro já existentes no Google Street View: carro, ônibus, bicicleta e a pé.